sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Singapura - leia antes de embarcar


Moeda: dólar de Singapura (SGD). Símbolo: S$. Levamos dólar americano para trocar. É a opção mais vantajosa. Não é difícil encontrar casas de câmbio por Singapura e em todos os lugares foi bem tranquila a operação. Não vimos grande diferença na taxa de câmbio. Se preferir sacar o dinheiro, há caixas eletrônicos por todo lugar.

Idioma: malaio, tâmil, mandarim e inglês. Essa variedade de línguas oficiais reflete a interação cultural que existe entre os povos que formaram o país: malaios, indianos e chineses. O inglês foi herança dos britânicos.



Visto: brasileiros não precisam de visto para estadia de até 30 dias, mas o passaporte deve ter validade de pelo menos 6 meses. A imigração foi rápida. Não perguntaram nada. Você preenche o formulário entregue no avião e apresenta ao funcionário da imigração.


Parte do formulário é devolvida junto com o passaporte.Cuidado para não perder esse documento, pois você terá que apresentá-lo ao sair do país. Site da embaixada de Singapura: https://www.mfa.gov.sg/

Vacina contra febre amarela: o certificado de vacinação é exigido para quem esteve nos 6 dias anteriores à chegada no país em uma região de risco, incluindo o Brasil. Para mais informações acesse: https://www.ica.gov.sg/

Quando ir: o país tem um clima quente e úmido o ano inteiro. A temperatura não varia muito, ficando em torno de 27°C a 30°C. Chove com freqüência na cidade, mas não costuma durar o dia inteiro. O período mais chuvoso vai de outubro a janeiro. Antes de ir sempre é bom conferir a previsão. Gosto do site The Weather Channel. Também é bom dar uma olhada nos feriados locais, pois isso pode interferir no funcionamento de algumas atrações. Pesquise no site: http://www.mom.gov.sg/

Quantos dias: em 2 dias inteiros você conhece os principais pontos turísticos: Região de Marina Bay, Chinatown, Little India, Arab Quarter, Orchard e Quays. Mas acho que a cidade merece mais uns 2 dias de viagem pelo menos. Aí você pode incluir no roteiro a Ilha de Sentosa, o Jardim Botânico, o Zoo, a trilha de Southern Ridges e algum museu.

Como chegar: não há voo direto do Brasil para Singapura. Um dos voos mais rápidos é pela Emirates com parada em Dubai, mas outras empresas também fazem o trajeto com escala. Procure em sites de busca como Skyscanner e Kayak os melhores voos.

Tranfer aeroporto/hotel: É muito fácil localizar no aeroporto de Changi todos os meios de transporte que levam à cidade. A sinalização é excelente. Abaixo as principais opções.

Metrô: tem ligação direta entre o aeroporto e o centro de Singapura. Se seu hotel for perto de uma estação e sua bagagem for pouca, aconselho pegar o metrô. É um meio seguro e barato. 

Tudo muito sinalizado. Talvez o metrô mais fácil de usar de todos que já usamos mundo a fora.
As estações contam com portas de segurança.

Shuttle bus: leva aos principais hotéis da cidade. Usamos e foi muito tranquilo. Logo na saída da área de desembarque você encontra o quiosque da empresa. 


Hall das máquinas para compra do bilhete do shuttle bus.

Você compra o bilhete em máquinas de autoatendimento com a ajuda de um funcionário. Depois e só esperar seu ônibus chegar. Preço: S$9 o trecho.

Tudo muito bem sinalizado. Não tem como errar.


Táxi: é sempre uma boa opção se você quer conforto e rapidez, mas perde em preço. Durante a madrugada a tarifa é mais alta.

Ônibus comum: também fazem o trajeto do aeroporto até a cidade. É a opção mais barata.

Todos as opções de transporte disponíveis estão bem explicadas no site do aeroporto de Singapura: http://www.changiairport.com/en/transport/public-transport.html

Locomoção: a primeira coisa que você deve fazer é adquirir um cartão EZ Link.
Ele serve para todos os meios de transporte público e inclusive para pagar alguns táxis. Você pode comprá-lo nas bilheterias do metrô Na primeira vez você paga S$12, sendo que S$5 é pelo cartão e o restante crédito. A recarga pode ser feita nas máquinas de autoatendimento com valor mínimo de S$10. Para se ter uma ideia, em 3 dias gastamos quase S$10 de crédito cada, usando ônibus e metrô para tudo. Legal que cada cartão tem uma figura diferente. Inclusive alguns são criados para ocasiões especiais e custam mais caro. Ótima sacada de marketing, não?

Metrô (MRT): tem 5 linhas identificadas por cor, nome e número. Funciona de 5h30 à meia-noite. Foi o metrô mais fácil que já usamos. 


https://www.mytransport.sg

Muito bem sinalizado e com escadas rolantes e elevadores em todas as estações. É rápido, pontual e te leva aos principais pontos turísticos. A tarifa varia de acordo com a distância percorrida e o horário do dia (na hora do rush é mais caro). Você pode comprar o bilhete individual, mas sugiro a praticidade do cartão recarregável EZ Link. 

Você passa o cartão pela leitora da catraca na entrada e na saída da estação. 
Dica: Algumas estações são interligadas por corredores. Não se trata de conexão, pois você precisa sair da estação para acessar a outra. Algumas vezes é mais rápido fazer isso do que seguir até uma estação com conexão para a linha que você quer. Há um mapa nas estações que mostra essas ligações e o tempo para percorrê-las.

Ônibus: eles circulam normalmente de 6h à meia-noite. Nos finais de semana há algumas linhas de ônibus noturnos. São confortáveis, rápidos e baratos. O EZ Link pode ser usado aqui também. Você entra pela frente e passa o cartão na leitora ao lado do motorista. Tem outra leitora na saída.

Táxi: é seguro, honesto e relativamente barato se a corrida for fora do horário de pico. Há uma sobretaxa para percorrer o centro da cidade de 18h à meia-noite que aumenta muito a tarifa. Eles sempre ligam o taxímetro. Há táxis de várias cores. O EZ Link card pode ser usado nos táxis azuis e amarelos (no vidro do passageiro tem um adesivo com todas as formas de pagamento), mas apenas para pagamento integral da corrida. Ou seja, seu crédito tem que ser suficiente para isso.

Tudo o que você precisa saber sobre transporte público na cidade você acha neste site: https://www.mytransport.sg/

Onde ficar:

Marina Bay é a região mais turística e mais cara também. É onde fica o Marina Bay Sands e o Gardens by the Bay.


A região chamada Civic District, onde ficamos, seria a mais central para chegar às principais atrações da cidade, além de possuir ótima estrutura de comércio e transporte. 

A direita o Distrito Financeria, à esquerda você vai para o Civic District e ao fundo Marina Bay

O Distrito Financeiro e Chinatown também são bem localizados e você encontra opções mais econômicas de hospedagem.

Típica rua do bairro chinês.

Para quem gosta de bastante movimento noturno a área em torno do rio Singapura, onde fica a região da Clarke Quay, é uma boa opção.

No Clark Quay há muita opção de bares. Em regra todo mundo é servido do lado de fora.

Já para os shopaholics a região de Orchard é a escolha certa. Mas com um transporte público tão eficiente como o de Singapura, basta ficar próximo a uma estação de metrô que você estará bem localizado.


Alimentação

A formação étnica do país influencia diretamente a gastronomia local, que consiste em uma mistura das cozinhas malaia, chinesa e indiana. Da fusão entre a comida malaia e a chinesa surgiu um sabor tipicamente singapurense chamado cozinha Peranakan. É um pouco apimentada. Mas se você não gosta de pimenta basta pedir sem. Além disso, você encontra comida de toda parte do mundo por lá, especialmente asiática. Quer saber mais sobre a culinária local? Sugiro o site: http://gastrolandia.com.br/.

Hawker Centres: É o lugar para comer bem e barato. Hawker é o nome das barracas de comida de rua de Singapura. Elas se espalhavam pela cidade. Para organizar as coisas foram criados esses espaços que funcionam como um grande mercado de comida de rua, com vários stands um do lado do outro e mesas coletivas. Dentro dos shoppings eles ficam na Praça de alimentação, mas funcionam do mesmo modo. Uma curiosidade é que nesses lugares eles costumam não fornecer guardanapos. Por isso ande sempre com lenços de papel na bolsa. E se você vir um pacote de lenço em cima de uma cadeira não estranhe, ele está ali para guardar o lugar enquanto o dono está comprando sua comida.

Dica: Quando você chega no aeroporto percebe que eles vendem cerveja no Duty Free. Isso porque ela é muito caroa nos bares, hotéis e restaurantes da cidade. Enquanto um pack com 3 no aeroporto era vendido por S$9, nos demais lugares você pagava isso em uma cerveja. Mas não fique triste! Em mercados locais e no Seven Eleven você consegue pelo valor do Free Shopping e nos Hawker Centre pagamos S$8 na garrafa grande.

Compras

Singapura é a cidade dos shoppings. Acho que só perde pra Miami mesmo. Só que os preços não são nada convidativos para a maioria dos mortais. Porém, durante a Grande Promoção Anual (The great Singapore sale) que acontece entre maio e junho você consegue fazer boas compras. Alem disso, tem Tax Refund.


O período de liquidação não tem data fixa. Para saber quando acontecerá entre no site: https://gss.sra.org.sg/.

Tax Free. A maioria das lojas tem o Tax Refund. O percentual devolvido varia de 5,5% a 7% e existe um limite mínimo de compras por loja. Alguns estabelecimentos já te dão a documentação pronta para apresentar no aeroporto e outros te encaminham para um quiosque de atendimento no shopping. Só não esqueça de levar o passaporte. No aeroporto é tudo muito fácil e rápido. Aliás, esse foi o procedimento de Tax Refund mais tranquilo que já fizemos. São duas etapas. Primeiro você passa as notas fiscais e o passaporte em uma máquina de autoatendimento que gera um documento. Depois é só apresentar as mercadorias ao funcionário que irá validar o pedido. Tivemos que mostrar os produtos mais caros. Algumas roupas que já estavam na mala deixaram passar. Por isso, embora também haja um quiosque após passar pela emigração, melhor fazer tudo no setor de embarque antes de despachar a bagagem. A devolução é feita em 10 dias no cartão de crédito ou na hora em dinheiro mediante o pagamento de uma taxa.

Dicas práticas:

Use e abuse do transporte público, que é excelente, e evite os horários de rush, quando você paga mais caro pela passagem. Ao entrar e sair do ônibus você deve passar seu cartão de transporte pela leitora. A validação na saída serve para controlar o tempo que o usuário gasta na viagem. Isso dá ao governo informações mais apuradas sobre o uso do transporte. Talvez por isso que ele funciona tão bem.

Em Singapura a quantidade de proibições com multa já virou até motivo de piada. Eles mesmos vendem souvenirs com as plaquinhas. Mas o negócio é sério.  A cidade tem câmeras pra tudo que é lado. Então, convém seguir as regras para evitar problemas.




Uma das proibições nos chamou a atenção, pois estava em tudo quanto era lugar fechado: metrô, ônibus e até shoppings. Está vendo a última proibição na placa acima? Ela faz referência a uma fruta local chamada Durian. Não tivemos a curiosidade de saber qual "aroma" ela tinha, mas pelo número de placas deve ser horrível. Olha aí a famosa Durian.


*Os valores e horários mencionados referem-se a maio/2018.

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