Dinheiro: Euro.
Idioma: inglês e irlandês.
Imigração: não é necessário visto para turismo. Basta passaporte com
validade mínima de 6 meses, seguro saúde válido no país (a Irlanda não é
signatária do Tratado de Schengen, tem que ter um seguro específico), reserva
em hotel, passagem de volta e comprovação de que tem meios financeiros de
custear sua estadia (dinheiro, cartão de crédito, outros). Eles podem nem pedir
que você apresente tudo isso, mas não deixe de providenciar nenhum item. O
funcionário que nos atendeu foi bem rigoroso. Já começou perguntando se íamos
visitar alguém na cidade. Acho que deve ter muito brasileiro irregular por lá,
por isso eles estão endurecendo na imigração.
Quando ir: A melhor época é o verão (junho a agosto), quando a temperatura gira
em torno de 20°C e os dias são longos. É a alta temporada, quando as atrações
ficam lotadas e os preços sobem. O inverno é rigoroso (dezembro a fevereiro),
com temperaturas médias entre –2°C e 5°C. Gosto do outono e da primavera,
quando você tem uma temperatura agradável para fazer os passeios e os preços
são mais razoáveis. Em setembro pegamos tempo ensolarado e temperatura em torno
de 12°C durante o dia. Já de noite tinha que colocar um casaco mais quentinho,
gorro e cachecol. Falam que o tempo é bastante instável e chove muito por lá,
mas só choveu um dia durante nossa viagem. Acho que demos sorte.
Quantos dias: vai depender muito do que você quer ver, mas acho que no
mínimo 10 dias. Nós fizemos em 7 e foi muito corrido, não visitamos o entorno de Dublin e cidades famosas como Galway ficaram para uma
próxima vez. Além da capital, Dublin, a outra atração mais comentada são os
Cliffs of Moher. Mas a Irlanda é repleta de cidades interessantes, castelos e
muitas atrações naturais. O Ring of Kerry, em Killarney, é uma estrada circular
cujo trajeto é rico em paisagens belíssimas que intercalam floresta, lagos,
montanhas e o mar. Próximas aos clifs estão as ilhas Aran, outro atrativo
natural da região. Por isso, um roteiro de 15 dias seria ideal para conhecer um
pouco mais do país.
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Dirigir na Irlanda, só pela esquerda.
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Quase não há trânsito nas estradas.
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Dica: Bate e volta a partir de Dublin.
Malahide Castle - este castelo fica a 13km do centro da cidade e conta com belos jardins. Dá pra ir de ônibus, trem ou contratar um tour. Detalhes no site.
Newgrange - é um sítio arqueológico com tumbas que datam do período neolítico (5200 anos!) e foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Fica a 65km de Dublin, no condado de Meath. Você pode contratar um tour ou ir de transporte público. A empresa Bus Eireann faz o trajeto em 2 etapas: Dublin-Drogheda-Brú na Bóinne Visitor Centre, onde fica a entrada para Newgrange. Para mais informações clique aqui.
Wicklow - esse condado a 40min de Dublin tem paisagens belíssimas e foi cenário do filme "P.S. Te amo". A melhor forma de chegar é contratando um tour que dura o dia inteiro e passa por vários lugares, incluindo o Guinness Lake, e geralmente termina em um pub antigo e famosinho no caminho de volta. O site Partiu Dublin conta como é o tour.
Como chegar: Não há voo direto do Brasil para a Irlanda, mas quase todas
as cias aéreas voam para Dublin com escala em outra cidade. Nós fomos de KLM
até Amsterdam usando nossas milhas da Smiles e de lá pegamos um voo para Dublin com a Aero Lingus, uma empresa low
cost irlandesa. O chato é ter que pegar mala e fazer um novo check in. Mas
compensou pelo preço.
Transfer aeroporto/hotel em Dublin:
Táxi: seria a opção mais cômoda.
Aircoach: é um serviço de ônibus 24 hs que leva
para o centro e outras regiões da cidade. São ônibus confortáveis do tipo
turismo. Foi nossa opção na ida e na volta. Há várias placas indicativas no
aeroporto. Basta seguí-las até a parte externa, descer uma escadinha e procurar
o pequeno balcão da Aircoach. O ticket pode ser comprado na hora ou pela internet. A linha número 700 para na
O'Connel st, a principal rua do centro. Bilhete single custou 7 euros (ida e
volta 12€).
Ônibus comum: o jeito mais econômico de chegar
ao hotel. Só duas linhas fazem o trajeto, a 16 (que passa na O’Connell Street)
e a 41 (que passa na Lower Abbey Street). Há lugar para colocar as malas dentro
do ônibus. Mas não esqueça de ter moedas para pagar, pois eles não aceitam
notas e o troco sempre é dado em uma espécie de vale que você pode utilizar em
outro trajeto.
Transfer: há muitos brasileiros que moram em
Dublin fazendo o serviço. Acho que pode valer a pena quando se está em grupo.
Procure na internet ou peça indicação ao hotel.
Para mais informações dê uma olhada nesse site.
Onde ficar:
Dublin - a melhor opção para turistar é ficar próximo à O'Connell St. Você vai estar em uma região com vasto
comércio, acesso fácil ao transporte público e dá pra ir caminhando às
principais atrações da cidade, como o Trinity College e a região do Temple Bar.
Outras cidades – geralmente perto do centro da cidade estão as
principais atrações. Fique no entorno.
Locomoção:
Dublin: a cidade é plana, agradável de se caminhar e as principais
atrações não ficam muito afastadas uma da outra. Se o tempo estiver bom e você
gostar de andar, coloque um sapato confortável e faça tudo a pé. Foi o que
fizemos. Mas se você preferir há ônibus de linha (site), o bondinho elétrico chamado de Luas
(mapa), aqueles ônibus turísticos Hop on-hop off (você embarque e
desembarque nas atrações turísticas durante a validade do bilhete), táxis e
aluguel de bicicleta. Não aconselhamos alugar carro, pois o transporte público
funciona bem e dirigir na mão inglesa em cidade grande não é muito legal.
Continuando viagem: nós optamos por alugar um carro. As principais
locadoras têm loja no aeroporto. Foi ótimo, pois o país é
relativamente pequeno, as estradas boas e com belas paisagens. O único porém é
que eles utilizam a mão inglesa e não é todo mundo que topa esse desafio. Outra
ótima opção são os ônibus de turismo, que funcionam muito bem e levam para as
principais cidades. A empresa Eireann oferece o serviço (site).
Alimentação: o mais diferente pra gente é o café da manhã deles, pois é uma refeição completa com ovos, salsicha, bacon, etc. Todos os hotéis em que ficamos serviam pratos quentes prontos acompanhados de frutas, iogurte e bebidas. Mas no prato quente sempre tinha aquela opção mais básica com torrada e ovo ou um sanduíche. Por se localizar em uma ilha, a gastronomia irlandesa utiliza muito o peixe. Vale a pena provar. Mas acho que é na parte etílica onde eles são mais conhecidos, seja pelas cervejas, sendo a Guiness uma instituição nacional, ou pelo uísque.
O café da manhã sempre incluía ovos, mesmo nestas versões mais básicas.
Compras: lã e uísque são os produtos que valem a pena trazer. Mas garanto que você não vai resistir a uma lembrancinha com o simpático símbolo do país, o Leprechaun.
O que usar: por ser um lugar frio, mesmo no verão não deixe de levar um
bom casaco, pois ao visitar os Penhascos de Moher você vai precisar. Venta
muito lá (muito mesmo, acredite). Leve guarda-chuva, pois o tempo é muito
instável. Se tiver capa de chuva e sapato impermeável melhor ainda. Nas outras
estações ponha na mala todo o arsenal de frio: casaco pesado, blusa de fleece
ou algo do tipo, segunda pele, bota com solado de borracha, luvas, gorro e
cachecol. Durante a noite faz muito frio. Salvo no inverno, de dia acho que um casaco
mais leve já resolve.
Veja também:
Dublin - Trinity College, James Park e museus.