sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Killarney Park - Mukross House, Ross Castle e Gap of Dunloe




Nossa intenção era fazer o Ring of Kerry, mas a previsão do tempo para lá estava muito ruim. Esse must see da Irlanda ficou para uma próxima viagem.

Dica: O Ring of Kerry é uma rota cênica circular de 170km que passa entre lagos, cidadezinhas e segue beirando o mar em alguns pontos. O ideal é pernoitar em uma das cidades do caminho para fazer o circuito com calma. Não tem tempo? Dá pra fazer um bate e volta a partir de Killarney, que seria o início da rota. É cansativo e meio corrido, mas dizem que vale. Reserve o dia inteiro. 

Decidimos fazer o Parque Nacional de Killarney, onde o clima prometia ser mais amigável. Na verdade ele fica no início do Ring of Kerry. O passeio segue por uma estrada linda em meio a lagos, colinas e muito verde. Pra quem gosta de trilha é o lugar. Infelizmente não tínhamos tempo pra isso. 


Tudo muito sinalizado e seguro.


Nossa primeira parada foi no Ladies View, que segundo contam tem esse nome por causa da Rainha Vitória, que esteve lá com suas damas de companhia e todas ficaram maravilhadas com a vista. E quê vista! 


Desse ponto voltamos e paramos na cachoeira Torc. São só 200m de trilha fácil até essa linda queda d'água. 

Aqui você estaciona o seu carro sem problemas.
Inicia a caminhada e admira a paisagem.
Não disse que....
..era para admirar a....
...paisagem?

Um km depois vc já vê a entrada para a Mukross House, palacete construído no início do sec. XIX que virou museu. A entrada para os jardins é gratuita e o estacionamento também. Fica na beira de um lago com um grande campo gramado na frente. Atrás da casa tem um jardim muito bonito e um restaurante. Há também uma espécie de fazendinha. O tour pela casa é pago e guiado. O interior é interessante e o guia conta detalhes da vida ali, inclusive sobre a visita da Rainha Vitória, a qual ficou hospedada na propriedade. 







Quem quiser pode fazer uma trilha até as ruínas de uma antiga abadia ou contratar uma charrete para fazer o passeio. 

Dá para sentir o clima da época.

Seguindo nosso roteiro passamos pelo Ross Castle, o qual só manteve duas torres originais. Não tivemos interesse em entrar. Ele fica na beira de um lago e de lá sai um passeio de barco. Mais um que não deu pra fazer, mas deve ser muito legal, pois a região é lindíssima. 



Nossa última parada do dia foi o Gap of Dunloe, que se trata de um caminho entre colinas e lagos pontilhado por ovelhas aqui e ali. No hotel disseram que poderíamos ir de carro, mas que a estrada era muito estreita e que as charretes, que cobram €50 pelo passeio de 45min, não facilitavam a vida dos carros para passar. A solução seria ir depois do horário de funcionamento das charretes ou fazer o passei a pé. A trilha levaria 1h30 ida e volta. Chegamos no ponto indicado para estacionar o carro, que é ao lado de um pub antigo chamado Kate Kearneys Cottage


Na entrada da trilha ficam as charretes e eles colocaram uma placa extraoficial dizendo que a circulação de carros só era permitida após 18h. Decidimos encarar a caminhada, mas durante o passeio vimos vários carros passando pela estrada antes desse horário.


O caminho é um só, não tem erro, porém não havia placas indicando onde estávamos. Tentamos chegar até o mirante principal, mas depois de mais de uma hora de caminhada desistimos e voltamos. Passamos por lagos e pontes com lindas vistas.







Não se assuste. Os animais são identificados através de marcações coloridas.

O Gap of Dunloe ao fundo.

Dica: Melhor ir de carro. Àquela hora já não havia mais charretes na pista e ela tinha pontos de recuo para o caso de passarem dois carros. Era só seguir devagar e com cuidado. 

Chegamos mortos e sedentos ao pub no início da trilha. Claro que paramos para um chope.

Na volta da caminhada....a recompensa!

Nosso jantar foi em um restaurante simples de frutos do mar, o Quinlans Seafood BarComida saborosa, ambiente despojado e preço bem convidativo, ou seja, um típico BBB. Ótimo para provar o tradicional Fish and Chips.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cliffs of Kilkee, Cliffs of Moher e Doolin



Hora de nos despedir da nossa simpática e falante anfitriã, Jackie. Nosso próximo destino era um dos pontos turísticos mais visitados da Irlanda, os Cliffs of MoherSão penhascos de quase 200m de altura que suportam o ataque inclemente das enormes ondas do revolto Atlântico Norte.
Em nosso caminho descobri que havia outro conjunto de cliffs em Kilkee, menos famosos, mas igualmente impressionantes, que valiam a pena a visita. Fomos conferir.

Pelo que pesquisei e seguindo a dica da dona da pousada, a melhor forma de chegar aos cliffs era atravessando o Shannon Estuary de ferry,  partindo de Tarbert para Killimer. Peguei os horários no site da empresa que faz a travessia. Importante verificar para não ter que esperar muito e atrasar a viagem. A travessia leva 20 min. e é bem tranquila.

Tem sempre um funcionário para orientar o motorista onde por o carro,

A travessia é tranqüila mas sem atrativos.

De Killimer a Kilkee são mais 20min. A cidade é pequenininha e pacata. Tem uma praia que no verão deve atrair gente. 


A trilha para os cliffs fica ao lado de um restaurante chamado Diamond Rocks Cafe. Basta deixar o carro no estacionamento e seguir margeando o mar. 

Você pode escolher onde estacionar.

Onde o carro está estacionado começa a trilha.

A vantagem em relação aos cliffs of Moher é que fica vazio, você pode chegar bem pertinho da borda dos penhascos (em Moher há um muro de proteção) e não há taxa de admissão. 





Caprichando nas fotos.

O que impressiona em Kilkee é que dá pra sentir a violência das ondas batendo nos penhascos, pois eles são mais baixos. Em um ponto chegamos a tomar um banho com uma onda maior. Chega a dar medo, mas é muito legal. Já em Moher o que chama a atenção é a grandiosidade dos paredões de pedra.

Nada convidativo para um mergulho.
A violência do mar impressiona. O barulho assusta.

Dica: Não podíamos demorar muito, pois ainda tínhamos que visitar os Cliffs of Moher nesse dia. Se você puder deixar este passeio para o dia seguinte, siga de carro até o farol de Loop Head (no TripAdvisor está como Kilbaha). Li que tem uma vista linda e a estradinha até lá vai costeando os cliffs.

Seguimos para o próximo destino, os cliffs mais famosos. Na caminho almoçamos  em frente à praia de Lahinch, no simpático restaurante Randaddy's.  Pela estrutura do lugar, cheio de escolas de surf, deve ser um point no verão. Quando fomos era muito frio e só tinha uns turistas no mirante tirando fotos. Pedimos dois sanduíches que vinham com salada. Nem conseguimos comer tudo. Muito bom.


Dá para acreditar que essa praia é um point do surf durante o verão?


Enfim chegamos nos Cliffs of Moher. Já na entrada do estacionamento você compra o ingresso (€6). Vale a pena passar no Centro de Informaçoes turisticas. Tem um pequeno museu, banheiros, loja, lanchonete e mapa em português. 

Estacionamento à vontade. Em nenhum momento da viagem tivemos problema em estacionar o carro.

Lojas
Entrada
Dentro do CIT havia uma exposição sobre o Cliff of Moher.

A maior parte das falésias está protegida por um muro de pedra de 1,5m mais ou menos. Mas se você tiver disposição para caminhar, dá pra seguir até uma parte livre. 



Realmente a vista é espetacular. 



Ali é impossível não parar e ficar meditando. O som das ondas batendo contra a pedra, o vento e o aroma do mar. Uma combinação perfeita para uma pausa.


Torre de O'Brien parece que está ali só pra completar o cenário. Você pode subir nela (entrada €2). Nós desistimos por causa do vento.  Venta muito nos cliffs. Muito mesmo! Vá preparado.


Dica: Dá pra fazer uma trilha dos Cliffs até a cidade de Doolin pela encosta. Você  também pode fazer um passeio de barco para ver os cliffs de baixo. É possível combinar os dois e eu queria muito fazer, pena que não houve tempo. Esse tour tá super recomendado no Trip Advisor. Clique aqui para ver as resenhas.



Depois de nos deslumbrarmos o suficiente com aquela maravilha da natureza, seguimos para Doolin, nossa última parada na Irlanda.

Ficamos em outra pousada familiar, Sea View House. Segue o mesmo estilo da de Killarney, anfitriões simpáticos, quartos confortáveis, tudo muito bem decorado, café da manhã bom, servido em mesa comunitária, e um belo pôr do sol da varanda em frente à pousada. A localização é bem no início da cidade, que é minúscula. 


Dollin é muito conhecida pelos pubs com música tradicional ao vivo. Um dos mais famosos ficava em uma rua próxima à pousada, o O Connor's. O pub é aconchegante e serve jantar. Tudo pedido no balcão. A música é mais calma, não tinha nada a ver com o clima festeiro de Dublin, mas foi legal.


Difícil escolher...
Esse prato é local e confesso, muito bom mesmo.
Música? Só local e tradicional.

No dia seguinte seguimos direto para o aeroporto de Dublin. Por indicação da dona da pousada, fizemos o caminho por uma estradinha secundária beirando o mar. Pena que estávamos com pressa, pois o visual é lindo. Ainda paramos para algumas fotos.


Em uma da paradas, vimos uns carros esportivos bacanas passando por essa estradinho em alta velocidade. Percebemos que eles estavam participando de uma corrida. Surreal!


Já estávamos atrasados e tivemos que parar para inusitados pedestres atravessarem a estrada lentamente.


Com lindas paisagens, castelos magníficos, povo simpático e alegre, pubs animados e muita cerveja, a Irlanda tem tudo pra te surpreender.