Hora de nos despedir da nossa simpática e falante anfitriã, Jackie. Nosso próximo destino era um dos pontos turísticos mais visitados da Irlanda, os Cliffs of Moher. São penhascos de quase 200m de altura que suportam o ataque inclemente das enormes ondas do revolto Atlântico Norte.
Em nosso caminho descobri que havia outro
conjunto de cliffs em Kilkee, menos famosos, mas igualmente impressionantes,
que valiam a pena a visita. Fomos conferir.
Pelo que pesquisei e seguindo a dica da dona da
pousada, a melhor forma de chegar aos cliffs era atravessando o Shannon Estuary
de ferry, partindo de Tarbert para Killimer. Peguei os horários no site
da empresa que faz a travessia. Importante verificar para não ter
que esperar muito e atrasar a viagem. A travessia leva 20 min. e é bem
tranquila.
Tem sempre um funcionário para orientar o motorista onde por o carro, |
A travessia é tranqüila mas sem atrativos. |
De Killimer a Kilkee são mais 20min. A cidade é pequenininha e pacata. Tem uma praia que no verão deve atrair gente.
A
trilha para os cliffs fica ao lado de um restaurante chamado Diamond Rocks Cafe. Basta deixar
o carro no estacionamento e seguir margeando o mar.
A vantagem em relação aos
cliffs of Moher é que fica vazio, você pode chegar bem pertinho da borda dos
penhascos (em Moher há um muro de proteção) e não há taxa de admissão.
O que impressiona em Kilkee é que dá pra sentir a violência das ondas batendo nos penhascos, pois eles são mais baixos. Em um ponto chegamos a tomar um banho com
uma onda maior. Chega a dar medo, mas é muito legal. Já em Moher o que chama a atenção é a grandiosidade dos paredões de pedra.
Dica: Não podíamos demorar muito, pois ainda tínhamos que visitar os Cliffs of Moher nesse dia. Se você puder deixar este passeio para o dia seguinte, siga de carro até o farol de Loop Head (no TripAdvisor está como Kilbaha). Li que tem uma vista linda e a estradinha até lá vai costeando os cliffs.
Seguimos para o próximo destino, os cliffs mais
famosos. Na caminho almoçamos em frente à praia de Lahinch, no simpático
restaurante Randaddy's. Pela estrutura do lugar, cheio de escolas de
surf, deve ser um point no verão. Quando fomos era muito frio e só tinha uns
turistas no mirante tirando fotos. Pedimos dois sanduíches que vinham com
salada. Nem conseguimos comer tudo. Muito bom.
Enfim chegamos nos Cliffs of Moher. Já na
entrada do estacionamento você compra o ingresso (€6). Vale a pena passar no
Centro de Informaçoes turisticas. Tem um pequeno museu, banheiros, loja,
lanchonete e mapa em português.
Estacionamento à vontade. Em nenhum momento da viagem tivemos problema em estacionar o carro. |
Lojas
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Entrada |
A maior parte das falésias está protegida por
um muro de pedra de 1,5m mais ou menos. Mas se você tiver disposição para
caminhar, dá pra seguir até uma parte livre.

Realmente a vista é espetacular.
Realmente a vista é espetacular.
Ali é impossível não parar e ficar meditando. O som das ondas batendo contra a pedra, o vento e o aroma do mar. Uma combinação perfeita para uma pausa.
A Torre de O'Brien parece que está ali só pra completar o cenário. Você pode subir nela (entrada €2). Nós desistimos por causa do vento. Venta muito nos cliffs. Muito mesmo! Vá preparado.
Dica: Dá pra fazer uma trilha dos Cliffs até a
cidade de Doolin pela encosta. Você também pode fazer um passeio de barco
para ver os cliffs de baixo. É possível combinar os dois e eu queria muito
fazer, pena que não houve tempo. Esse tour tá super recomendado no Trip Advisor. Clique aqui para ver as resenhas.
Depois de nos deslumbrarmos o suficiente com
aquela maravilha da natureza, seguimos para Doolin, nossa última parada na
Irlanda.
Ficamos em outra pousada familiar, Sea View House. Segue o mesmo estilo da de Killarney, anfitriões simpáticos, quartos confortáveis, tudo muito bem decorado, café da manhã bom, servido em mesa comunitária, e um belo pôr do sol da varanda em frente à pousada. A localização é bem no início da cidade, que é minúscula.
Dollin é muito conhecida pelos pubs com música tradicional ao vivo. Um dos mais
famosos ficava em uma rua próxima à pousada, o O Connor's. O pub é aconchegante e serve
jantar. Tudo pedido no balcão. A música é mais calma, não tinha nada a ver com
o clima festeiro de Dublin, mas foi legal.
Esse prato é local e confesso, muito bom mesmo. |
Música? Só local e tradicional.
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No dia seguinte seguimos direto para o aeroporto de Dublin. Por indicação da dona da pousada, fizemos o caminho por uma estradinha secundária beirando o mar. Pena que estávamos com pressa, pois o visual é lindo. Ainda paramos para algumas fotos.
Em uma da paradas, vimos uns carros esportivos bacanas passando por essa estradinho em alta velocidade. Percebemos que eles estavam participando de uma corrida. Surreal!
Já estávamos atrasados e tivemos que parar para inusitados pedestres atravessarem a estrada lentamente.