quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Machu Picchu


Não é todo dia que você acorda às 4h da madrugada feliz da vida. Mas a expectativa de ver ao vivo e a cores aquela imagem de Machu Picchu vista dezenas de vezes em livros e revistas de turismo justificava a empolgação. E por que tão cedo? Para ver a cidade ser iluminada pelos primeiros raios de sol ao lado de poucos privilegiados.

Dica: Do salão de café da manhã vimos muitas pessoas subindo a pé para as ruínas. Isso só ia deixando a gente mais ansioso. Aí veio a dúvida: será que deveríamos ter ido caminhando? Não nos arrependemos de pegar o ônibus, pois a subida de 45min é pesada e o sítio arqueológico muito maior do que aparenta na foto. Melhor guardar sua energia para conhecer a cidade.

Devidamente alimentados, seguimos para o ponto de ônibus com nossas passagens, ingressos de entrada e passaporte para carimbar na saída (não esqueça!). Pretendíamos pegar o primeiro ônibus às 5:30h. Nós e metade da cidade. Olha a situação às 5h da manhã:

Fila básica.

Encontramos com um grupo de brasileiros super simpáticos na fila que tinham feito a trilha Salkantay (vimos as fotos e as paisagens são incríveis) e estavam com guia.  Acabamos nos juntando ao grupo para fazer o tour guiado e foi ótimo. Pagamos 20 soles pp.

Dica: há vários guias na entrada do sítio arqueológico. Até dá pra fazer a visita sozinho, mas para aproveitar bem tem que pesquisar sobre o assunto, se não você vai ficar meio perdido. 

A fila andou rápido, pois são vários ônibus fazendo o trajeto que dura entre 20 e 30 min. A estrada é estreita e segue beirando a montanha. O visual é espetacular.

A vista da janela do ônibus, no caminho para  Machu Picchu.

Após muitas curvas, chegamos à entrada. Hora de aproveitar para ir ao banheiro, pois não há nenhum dentro da cidade. Custa 2 soles.
Dica: o ingresso permite que você saia 2 vezes para ir ao banheiro. 


Se precisar de água, pode comprar na máquina ao lado do banheiro ou na guarita que fica na entrada da trilha que leva à Ponte Inca.

Homenagem ao descobridor da cidadela.

Ao passar pelo portão de entrada ainda não dá pra ver a cidade, sua ansiedade vai aumentando conforme segue a trilha.


De repente, após uma curva, você se depara com aquele cartão postal na sua frente, a mística Cidade Sagrada dos Incas: Machu Picchu. Imagine a emoção de Hiram Bingham quando em 1911 descobriu essa maravilha escondida no vale de Vilcabamba?



Depois, procure se instalar em um ponto de onde você tenha uma visão ampla da cidadela. Admire a vista e curta o momento enquanto espera o sol nascer atrás da montanha em frente às ruínas. Regule a máquina para esse momento, quando a cidade vai recebendo gradualmente os primeiros raios do sol até ficar totalmente iluminada.

Os primeiros raios de sol iluminando as montanhas que cercam a cidade.




Findo o espetáculo, hora de percorrer a cidade. Ela se divide em setor agrícola e urbano. No primeiro você vai ver os tradicionais terraços agrícolas e no alto a casa de vigilância. Não deixe de subir até lá. Tem uma das melhores vistas de Machu Picchu.


O setor urbano divide-se em distrito popular, distrito sagrado e distrito real. O primeiro fica na parte mais baixa da cidade, onde morava a classe trabalhadora e ficavam os silos de estocagem.


A Pedra Intihuana, o Templo do Sol e o Templo das Três Janelas são os principais prédios do Distrito Sagrado. Não se sabe ao certo para o que era usada a Pedra Intihuana (Pedra do Sol). Seria apenas ritual, um instrumento para determinar o solstício ou talvez tivesse algum propósito astronômico. O que se sabe é que ela exercia um papel importante para os incas e a de Machu Picchu é a única que restou preservada, quer dizer, até o dia em que um guindaste caiu em cima dela durante a filmagem de um comercial da cerveja Cusquenha. Por sorte o dano foi pequeno.

Pedra Intihuana.
Templo do Sol.
Templo das Três Janelas.

O Distrito Real era o local de moradia do governante inca, nobreza e sacerdotes. São casas maiores e construídas com mais capricho que as das pessoas comuns.

A casa tinha até banheiro.




Que vista!

Há algumas caminhadas que você pode fazer no entorno do sítio arqueológico.
A mais famosa é a trilha que leva à Montanha de Huayna Picchu (45 a 90 min), que é aquela que emoldura toda a foto que se vê da cidade. Dizem que a vista não é das melhores, mas que a energia do lugar é especial. Outra trilha famosa é para a Montanha Machu Picchu (1h30 a 2hs). Essa só é aconselhada para quem está acostumado, pois é muito pesada. A entrada para as duas deve ser comprada junto com o ingresso para Machu Picchu e existe limite de acesso. No caso de Huayna Picchu você ainda tem que escolher entre dois horários. Clique aqui para saber mais sobre a compra de ingressos.


Huayna Picchu. Subir lá é para poucos.

A trilha mais facinha é até a Ponte Inca. O caminho é plano no meio da mata beirando um vale. Você só vê a ponte de longe, pois está parcialmente destruída. É interessante e agradável, mas a vista não tem nada demais. Leva-se uns 40min ida e volta.

A sinalização está presente.

A ponte Inca.

A mais legal para quem não vai subir as montanhas e está disposto a gastar energia é o caminho até o Portão do Sol. Os viajantes da trilha Inca chegam por lá. Nosso fôlego só nos permitiu ir até a metade do percurso, no ponto onde há uma pequena ruína. A vista é tão maravilhosa que já ficamos satisfeitos e de lá voltamos.


Até onde fomos na caminhada.
A trilha é bem sinalizada.
E pavimentada.
O visual da cidade impressiona. 
Daqui de cima percebe-se que a cidade fica escondida no meio do vale.

E não é só a cidade e suas ruínas que impressionam com o belo visual. Você ainda tem a oportunidade de contemplar o entorno.


E os atuais habitantes da cidade.



Após horas de caminhadas, explicações, contemplações e muitas fotos, nos despedimos de Machu Picchu e seguimos para o ônibus. Por volta de 13h a fila estava grande. Após uns 20min conseguimos embarcar.

Fomos direto para a estação, pois usamos o serviço do hotel de entrega de mala na ferroviária.

O trem saiu um pouco atrasado, mas a viagem foi tranquila. Pegamos o Trem Expedition, que é o mais simples, conhecido como dos mochileiros. Não tem lanche, só bebida incluída. O conforto das poltronas era o mesmo do Vistadome, só muda mesmo a questão do teto envidraçado que apenas este tem. Clique aqui para mais informações sobre o trem para Machu Picchu.

Dica: o trajeto do trem passa por paisagens belíssimas em ambos os lados. Então compre a ida e a volta do mesmo lado do vagão, assim você terá chance de curtir o visual por inteiro.

Em Ollantaytambo pegamos um taxi para Cusco. Estávamos exaustos e optamos por viajar com um pouco mais de conforto. Pagamos 80 soles depois de negociar. Se quiser mais segurança, pode contratar com alguma empresa de táxi para te pegar na estação. Usamos a Táxi Datum em um tour e recomendamos. Uma opção mais em conta são as vans e os táxis compartilhados. Não necessita reserva, eles ficam esperando os turistas na saída da estação. Chegamos em Cusco após 2h de viagem.



sábado, 10 de setembro de 2016

Peru - leia antes de embarcar



Por mais que tivéssemos lido sobre o Peru e os Incas, durante toda a viagem nos surpreendíamos com o que encontrávamos no caminho. Lima é uma cidade bonita e muito interessante, com excelentes museus, opções de diversão e uma gastronomia que dispensa comentários. O povo é simpático e acolhedor, característica que se vê também no interior. Cusco e o Vale Sagrado são riquíssimos em história e paisagens fantásticas. Machu Picchu encanta e instiga mesmo o viajante mais blasé. Impossível ficar indiferente ao se deparar com ela. Aqui você vai encontrar um roteiro básico com informações importantes para sua viagem e em outros posts os detalhes de cada lugar que visitamos. Se quiser falar com a gente é só postar na caixa de comentários.

Dinheiro: Novo Sol (PEN)

Idioma: espanhol

Imigração: Documentos exigidos para os cidadãos brasileiros ingressarem no Peru na condição de turista:
- PASSAPORTE ou
-CÉDULA DE IDENTIDADE CIVIL emitida pelos institutos de identificação das polícias civis dos Estados. As cédulas de identidade brasileiras não têm prazo de validade. No entanto é imprescindível que estejam em boas condições e a foto permita claramente a identificação do titular.
*Informação obtida no site do Itamaraty.

Quando ir:

Lima: qualquer época. No verão dá até pra pegar uma praia e o inverno é bastante frio.



Machu Picchu, Cusco e Vale Sagrado: de maio a setembro. Durante o verão evite, pois é época de chuvas (lembra que um grupo de turistas ficou preso em Machu Picchu por causa de um temporal há uns anos atrás?). Se não quiser pegar a região cheia, não vá durante julho e agosto, pois é época de férias em vários países e o número de turistas aumenta.



Quantos dias:

Com tempo eu faria assim:
Lima: 2 a 3 dias inteiros, dependendo dos museus e ruínas que você queira visitar. Imperdível: Centro Histórico (Plaza de Armas, Catedral e Covento de São Francisco), Larco Museu e Malecón de Miraflores. 
Continuando viagem: Cusco 4 noites, Vale Sagrado 1 noite e Pueblo Machu Picchu (Águas Calientes) 1 noite.
Dia da chegada em Cusco: aclimatação e museu Inka.
Dia 2: city tour incluindo Sanksayama.
Dia 3: Cidade e mercado de Pisac.
Dia 4: Chinchero, Salineiras de Maras, Moray e Ollantaytambo com pernoite.
Dia 5: ruínas de Ollantaytambo e trem para Águas Calientes.
Dia 6: Visita ao sítio arqueológico de Machu Picchu e retorno para Cusco.
Dia 7: Retorno para o Brasil.

Para um roteiro mais apertado:
Lima 3 noites ou 2 noites se seu voo chegar antes das 10h.
Continuando viagem: 3 noites.
Dia da chegada em Cusco: aclimatação e museu Inka.
Dia 2: city tour incluindo Sanksayama
Dia 3: Tour para o Vale Sagrado finalizando em Ollantaytambo. Aqui há duas alternativas: dormir em Ollantaytambo e pegar o primeiro trem para Águas Calientes no dia seguinte. Usar o serviço de bagageiro gratuito da Peru Rail na estação. Voltar à tarde para Cusco. A outra alternativa seria pegar o trem para Àguas Calientes e pernoitar lá para no outro dia cedinho visitar Machu Picchu.
Dia 4: Visitar a Cidade Sagrada e voltar para Cusco.
Dia 5: Retorno para o Brasil.

Como chegar: Há voo direto do Brasil para Lima. A capital serve de escala nos voos para Cusco. Pesquise em sites como Skyscanner e Kayak para encontrar a melhor opção a partir de sua cidade.

A partir de Cusco você visita o Vale Sagrado. Para isso há várias opções:
Tour compartilhado - sugerimos que você faça uma pesquisa no Trip Advisor e escolha algumas agências bem avaliadas para cotar preço quando chegar lá. Muitas ficam no entorno da Plaza de Armas. Não vimos muita diferença de valor. Principais tours: Pisac, Ollantaytambo e Chinchero e o que vai para Salineras de Maras e Moray.

Tour privado: a maioria das agências têm essa opção e algumas são especializadas. Nos sites e blogs que pesquisamos diziam que a variação de preço era pequena, mas não foi isso que encontramos por lá. Por isso aconselhamos escolher a agência desde o Brasil a partir dos comentários de viajantes em sites como o Trip Advisor.

Táxi: você pode contratar um táxi na internet por empresas como a Táxi Datum ou diretamente com o taxista (peça uma indicação no hotel). Usamos os dois serviços e a primeira opção é mais segura, embora um pouco mais cara.

Transporte público: é mais cansativo e trabalhoso, mas dá pra fazer. Só aconselho para quem quiser uma opção mais econômica.  Para isso basta pegar uma van no centro de Cusco e ao chegar no destino contratar um táxi. Dê uma olhada nas dicas do Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, sobre o assunto. Tá bem completo.

Em Machu Picchu só se chega de trem ou por trilha.
Várias empresas oferecem pacote para a Trilha Inca. Um bom site para dicas é o Mochileiros.com
A linha de trem é operada por duas empresas: Inca Rail e Peru Rail. A primeira só sai de Poroy (15 min. de Cusco) e Ollantaytambo (Vale Sagrado). A Peru Rail também sai de Urubamba (Vale Sagrado) e conta com mais opções de horário. O preço varia de acordo com a classe do trem, que são três, e o horário. Viajamos pela Peru Rail. Na ida embarcamos em Ollantaytambo no Vistadome, que seria a classe intermediária. Diferencial: as janelas se alongam até parte do teto e um lanche simples é oferecido. Voltamos no Expedition, o mais básico. Só serviram bebidas. Ambos possuem o mesmo nível de conforto, que eu diria ser razoável. Como as poltronas não reclinam muito e a maioria fica uma de frente para outra, não dá pra relaxar na viagem. Por isso aconselhamos ir e voltar por Ollantaytambo (1h40). De lá basta pegar um táxi ou van para Cusco (1h30 a 2h). Embora Poroy esteja a 15min de Cusco, a viagem de trem leva 3h30. Talvez se você viajar no Hiram Bingham, o trem de alto luxo, a viagem seja mais confortável. Mas o preço não. Só para ter uma ideia, fiz uma cotação para o dia 17/08. Enquanto o bilhete no Vistadome custa US$95,00, no Hiram sai por US$403,00. Seja qual for sua escolha, tente comprar a passagem com antecedência pelo site. Vi muitos relatos de dificuldade em concluir a compra. Parece que alguns sites peruanos exigem um cartão com a tecnologia Visa Verified ou Secure Code Mastercard. Não tivemos nenhum problema, mas caso você tenha, verifique com sua operadora de cartão sobre isso. Se não conseguir, a Peru Rail possui lojas em Lima (Shopping Larcomar), Cusco (Plaza de Armas) e até dentro da área de embarque do aeroporto de Lima, onde trocamos nosso voucher pelo bilhete. A compra no site gera um comprovante ou voucher que deverá ser trocado em um loja da Peru Rail pelo bilhete. Não esqueça de levar o comprovante de compra impresso, documento de identificação e o cartão usado para a compra.

Transfer aeroporto/hotel:

Lima: a melhor opção é pegar um táxi. Logo na saída do desembarque você vai ver vários guichês de empresas que oferecem o serviço. A Táxi Green é bem recomendada, mas estava muito cheia. Pegamos na Táxi 365 pelo mesmo preço: 60 PEN até Miraflores. 


Opções de aluguel de carro também não faltam.
O aeroporto é pequeno e tranquilo.
Um dos pontos onde pode-se pegar taxis.

Também dá para reservar pelo hotel ou em alguma empresa pela internet. A Táxi Datum é uma boa opção.

Cusco: no saguão do aeroporto há guichês das empresas de táxi. São mais caros. Negociamos um táxi do lado de fora do aeroporto. O preço variava de acordo com a qualidade do carro. Melhor contratar pelo hotel ou na internet. 

Onde ficar:

Lima – para nós a melhor opção é Miraflores, que é um bairro bem bacana e está próximo de algumas atrações como o Malecón e o shopping Larcomar. Tem bons hotéis e restaurantes. San Isidro é o bairro mais elitizado, enquanto Barranco o mais boêmio.

Cusco – procure ficar próximo da Plaza de Armas e na parte mais plana da cidade. Seria a região entre a Plaza e o Koricancha (Templo do Sol).

Ollantaytambo – a cidade é pequena, você vai ficar bem em qualquer lugar.



Pueblo Machu Picchu (Águas Calientes) – fique próximo do ponto do ônibus que leva para o sítio arqueológico.

Locomoção:

Lima – a cidade não tem metrô e os ônibus não são legais, por isso a melhor opção é o táxi. Eles não usam taxímetro, o preço é negociado na hora. Além disso, eles podem ter qualquer cor e aspecto. Os amarelos e com cara de táxi mesmo são os mais velhos e geralmente cobram mais barato. Já os outros funcionam tipo o Uber, há os luxuosos e os comuns, mas invariavelmente são mais novos e de melhor aparência que os amarelos. Uma boa opção é comprar um chip de celular para poder usar os aplicativos Easy Taxi ou Uber. Nós usávamos o serviço de táxi do hotel quando saíamos. Se onde estivéssemos houvesse wifi, pedíamos pelo app. Na rua procurávamos os carros mais novos e negociávamos o preço antes de embarcar. Alguns rodam só com uma plaquinha no pára-brisa, sem muita identificação. Não tivemos problema e em nenhum momento nos sentimos enganados. As distâncias eram longas e os preços justos. Outra dica e já sair do hotel sabendo a média de preço da corrida que você vai fazer. Por exemplo, eu sabia que ia pegar um táxi naquele dia do Shopping Larcomar para Barranco. Cotei no Maps o preço antes de sair do hotel.

Ônibus turístico (hop on hop off): há também a opção da utilização do ônibus panorâmico de dois andares igual aos que rodam em diversas cidades turísticas do mundo. Quem leva é a Mirabus. Há um quiosque na Plaza de Armas.




Preços e itinerário.

Cusco – o centro histórico é para ser apreciado a pé e com calma. Mas se você for para algum lugar mais alto e estiver sofrendo com a altitude, pegue um táxi.

Ollantaytambo – é uma cidade pequena e dá pra ver tudo caminhando. Só a ferroviária que é um pouco distante (15min). Aí pode valer a pena pegar um Tuk Tuk. 



Dica: muitos ficam na Plaza de Armas e cobram 5 PEN pp, mas se você andar em direção ao sítio arqueológico pode pegar um na ponte por 1,5 PEN pp.

Pueblo Machu Picchu (Águas Calientes) – aqui se faz tudo a pé. Só na hora de subir para Machu Picchu é aconselhável usar o ônibus, pois a subida de 45min é íngreme.



Alimentação: em Lima aproveite para comer pescados. O ceviche é fresquíssimo. 



Mas com uma gastronomia tão rica, qualquer coisa é boa por lá. Você vai desde a comidinha de rua até o menu degustação com vários pratos em restaurantes renomadíssimos como o Central, o Astrid & Gaston e o Rafael. Para beber, vá de Pisco Souer, de cerveja Cusquenha (para os amantes da cerveja), de Inca Kola (para quem gosta de refrigerante) e não deixe de experimentar a Chicha Morada, que é um suco de milho rosa.




Na região do Vale Sagrado há muitos pratos com truta, o único peixe que se aconselha comer naquelas bandas. 



Mas o prato tradicional é o Cuy, que é um tipo de porquinho da índia. Não tivemos coragem de experimentar, mas dizem que é bom.


Você teria coragem...

...de comer esse bichinho?

Compras: o Peru é famoso pela qualidade de seu algodão. Peças de lã de Alpaca e Vicunha estão por toda parte. Os produtos de tecelagem feitos manualmente são lindos. Você também vai encontrar belíssimas jóias em prata. O café e o chocolate estão entre os melhores do mundo.

Dicas práticas:

Soroche – esse é o nome dado ao mau estar causado pela altitude. Em Cusco e no Vale Sagrado isso incomoda mesmo. Cada organismo responde de uma forma, mas é recomendável que no primeiro dia em Cusco você tome o chá de coca e descanse pelo menos uma hora antes de sair pela cidade. Nesse dia evite as ladeiras mais íngremes, coma coisas leves e evite bebida alcoólica.  Nós sentimos um pouco de dor de cabeça e falta de fôlego para subir qualquer escadinha. Depois foi melhorando. Muitas pessoas sentem enjoo também. Há remédios específicos para o Soroche nas farmácias e bombinha de oxigênio. A principal dica aqui é respeite seu corpo, só você vai saber o tempo necessário para ele se adaptar.


Você pode precisar.

Ingresso para Machu Picchu - como existe limite diário de visitantes para o sítio arqueológico, recomenda-se que você compre seu ingresso com antecedência pelo site http://www.machupicchu.gob.pe/. É bem fácil de usar e tem página em português. Você imprime os ingressos em casa. O bilhete pode incluir ou não a subida nas montanhas Huaynapicchu (aquela que aparece nas fotos atrás da cidade) e Machupicchu. A primeira é a mais procurada e o acesso aos visitantes é dividido em 2 horários. A trilha é íngreme, mas qualquer um pode fazer. Já a segunda exige um preparo físico maior. Seria indicada apenas para quem tem experiência em montanhismo.

Boleto Turístico de Cusco - ele inclui as principais atrações de Cusco e do Vale Sagrado. O preço varia de acordo com as atrações incluídas e o período de vigência. Se você for visitar Cusco e o Vale Sagrado compre o Boleto General, que engloba todas as ruínas do Vale Sagrado e do entorno de Cusco, como Saqsayhuaman, e alguns museus. Válido por 10 dias. Ele pode ser adquirido na COSITUC (Av. Sol 103 Of. 102 Galerias Turisticas) ou nos próprios sítios turísticos incluídos no boleto. Para mais informações e tarifas, clique aqui.

Câmbio - a melhor opção é levar dólar para trocar pela moeda local. A cotação do Real não era muito boa. Chegando no aeroporto troque alguns dólares para pagar o táxi. Para isso use o quiosque da Western Union na área de desembarque. Não troque moeda no quiosque do Banco Interbank. A cotação é péssima. Estava vazio e queríamos sair logo, mas não vale a pena. Na Av. Larco, em Lima, há várias casas de câmbio. A taxa não variava muito. Quanto mais para o interior do país íamos, mais a cotação piorava. Em Cusco é fácil cambiar moeda, mas a taxa variava de acordo com o montante a ser trocado. Acima de 50 dólares a cotação era melhor. Não sei se o mesmo vale para Lima. Em Ollantaytambo o câmbio era feito em restaurantes, lojinhas ou no hotel. Em Águas Calientes havia uma casa de câmbio na Plaza de Armas. Não pague em dólar serviços contratados em soles. A conversão sempre é ruim.

Sites interessantes: 
www.munlima.gob.pe - site do Município de Lima.
www.peru.travel - informações sobre os boletos turísticos de Cuzco, transporte entre as cidades, compra de ingresso para Machu Picchu e muito mais.
www.rediscovermachupicchu.com - muito legal para entender um pouco da história dos povos incas e pré-incas.