quarta-feira, 30 de março de 2016

Puerto Varas - Saltos de Petrohue, Lagos Todos os Santos e Osorno.


 O caminho é um espetáculo a parte.

Alugamos um carro por dois dias para ter mais liberdade. Pedimos indicação no hotel e conseguimos um modelo completo por 25.000 pesos a diária*, o mesmo preço que pagamos em Pucón por um básico. Ainda fechamos o transfer para o aeroporto no dia da entrega do carro por 10.000 pesos (um táxi seria 20.000 pesos)*.

Dica: Se você preferir, há empresas que fazem os principais passeios. A Turistour é a mais conhecida. 


Nossa primeira parada foi nos Saltos de Petrohué. Aqui aquela expressão "o caminho é o destino" cai como uma luva. A estrada é de uma beleza ímpar, segue margeando o lago em meio a muito verde e com a vista dos vulcões como companhia constante. Dá vontade de parar toda hora para fotografar ou apenas contemplar. Existem vários mirantes e praias pelo caminho.



Difícil é manter o olho na estrada.
É uma estrada onde se deve dirigir bem devagar para curtir o visual.
E que visual!!!!


Dica: é muito fácil dirigir por aqui, estrada é ótima e bem sinalizada, mas vale a pena baixar o mapa offline no Maps para calcular as distâncias e se planejar melhor.

Logo após passar pelo portal do Parque Vicente Rozalés, você vai ver a entrada para os saltos à direita.



Dica: há algumas trilhas no parque. Se quiser mais informações pare no portal e fale com o funcionário que fica na guarita ao lado. Lá tem um mapa com as trilhas. Tire uma foto para se guiar.

O acesso é gratuito, mas o estacionamento (há placa indicando) custa 1.000 pesos*. Você entra em um prédio alto onde há uma lanchonete e algumas lojinhas. No início da trilha você encontra banheiros públicos. São três trilhas. Fizemos as duas mais curtas. Uma te leva aos saltos. São passarelas sobre um rio que passa entre pedras vulcânicas. Em um ponto elas formam uma cochoeirinha e o vulcão Osorno fica atrás. Nessa época havia pouca água, mesmo assim o visual é lindo.




A outra trilha leva a um pequeno lago e ao rio. É bonita, mas não diria que é imperdível. Só faça se estiver com tempo.

Seguindo a estrada você chega ao Lago Todos os Santos. Aqui a paisagem é mais linda ainda. O lago é cercado de montanhas e vulcões e ao fundo você vê a fronteira com a Argentina. 

A lama na estrada parecia ser uma mistura de terra com cinzas vulcânicas da última erupção do vulcão.
A estrada que leva ao lago tem cenários de tirar o fôlego.
Não deixe de fazer o passeio de barco. Custa 20.000 pesos* o passeio privado ou 5.000 pesos por pessoa* a partir de 4 passageiros. Basta esperar um pouquinho que logo chega gente para compartilhar o barco. O estacionamento público é gratuito. Chegando ao pequeno píer do lago, entre à esquerda na rotatória e siga as placas. Fica a uns 5min. de caminhada.



Tem estacionamento.
Tem que andar um pouco, mas o visual faz valer a pena.


Local do embarque.

A Argentina tá logo ali, pertinho daquele vulcão ao fundo.


Águas límpidas e esverdeadas.
Dica: para quem vai fazer o Cruce Andino esse passeio é dispensável, pois o caminho passa pelo lago.
Dica 2: existe um passeio de dia inteiro que te leva até Peulla, na metade do caminho para Bariloche. O passeio de barco vai ser mais completo, mas você terá que passar umas horas em Peulla, que alguns gostam e outros dizem que é o tipo de lugar "pega turista", sem muita estrutura e com uma única opção de restaurante. Como não fui, não posso dar minha opinião. Dê uma olhada no Viaje na Viagem que eles te explicam direitinho.

Na estrada de volta paramos em um restaurante chamado Don Salmon. Como o nome sugere, a especialidade é o peixe, mas eles trabalham no sistema de buffet a preço fixo (13.800 pesos pp*) com churrasco e sobremesa incluídos. O salmão estava ótimo e a picanha não decepcionou. O resto era normal. Vale se você estiver com bastante fome. Fica na beira do lago e atrás tem um parquinho e uma praia com uma bela vista do Osorno.




* Valores atualizados em abril de 2016.

terça-feira, 29 de março de 2016

Puerto Varas - Lago Llinquehue e Frutillar

Hoje o roteiro era subir o vulcão e dar a volta no lago Llinquehue parando em Frutillar. O tempo amanheceu super fechado, mas com previsão de abrir mais tarde. Invertemos nosso roteiro e começamos o dia em Frutillar. 
Dica: fique de olho na previsão do tempo para organizar os passeios. Escolha o dia mais claro para os saltos, o lago todos os santos e o vulcão. Às vezes o dia amanhece ruim e abre mais tarde. Se a previsão for essa, não estranhe e se guie por ela.



O Maps mandou a gente para a estrada pedagiada Panamericana Sur/Ruta 5, mas há uma rota que contorna o lago passando por estradinhas secundárias. Saímos na primeira cidade e seguimos por essa estrada, que é linda. Até Frutillar estava asfaltada, depois pegamos um trecho sem pavimento em boas condições. De Puerto Octay em diante seguimos por estrada asfaltada novamente.

Antes de Frutillar passamos por Llanquihue, que tem um centro sem graça e uma orla bonitinha. A estrada é um deslumbre só.





Após uma hora chegamos em Frutillar Bajo. Muito conhecida pelo festival de música e pelo Kutchen, um doce de origem alemã típico na região. Achamos a cidade mais pitoresca do lago. As construções em estilo alemão, a praia, a vista do vulcão, tudo conspira para deixar a cidade ainda mais bonita. O seu lindo cais em madeira, o Teatro del Lago, o museu Casa do Colono e o kutchen são as principais atrações da cidade.


Teatro del Lago



O almoço foi no café Duendes del Lago, que fica na orla, quase em frente ao cais. O local é muito aconchegante, com poltronas em meio a mesas e bonecos de duendes espalhados pela casa. Há uma área para as crianças brincarem. Comemos o famoso kutchen, que é uma espécie de torta com base de pão de ló e cobertura de frutas com creme, acompanhado de um suco de framboesa delicioso.



Kutchen
O tempo estava começando a abrir, já dava pra ver a pontinha do Osorno do outro lado do lago.


Olha ele lá...

Você deve estar se perguntando ao que se deve tamanha influência da cultura alemã nessas cidades. Segundo li, os índios Mapuches, que viviam na região quando os espanhóis chegaram, resistiram bravamente à colonização. Tanto que em 1641 foi firmado um acordo declarando a área "território autônomo Mapuche". Somente com a chegada de colonos alemãs em meados do século XIX a situação mudou. Após a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais muitos alemãs também imigraram para a região. Por isso a presença alemã nas cidades é marcante, seja nas construções, na comida, nas muitas marcas de cerveja artesanal, nos clubes alemães e na população.

Continuamos pela estrada em torno do lago até Puerto Octay






Não achamos a cidade interessante, ainda mais depois de passar por Frutillar. Mas a vista do mirante que fica na estrada já na saída da cidade vale a foto.



Nossa última parada foi no Osorno, assunto para nosso próximo post.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Puerto Varas - Subida ao Osorno


Deixamos para o fim do dia a subida de teleférico ao Osorno e valeu a pena. O céu foi clareando até ficar limpo.
No caminho fica a Laguna Verde. A entrada é gratuita e tem banheiro no local. Essa área também faz parte do Parque Vicente Gonzalés. Infelizmente a água da lagoa não estava verde naquele momento. Acho que deve ter um horário certo para avistar o fenômeno.


Seguindo mais um pouco você verá a entrada para o vulcão. É uma estrada estreita, cheia de curvas, asfaltada e em ótimo estado. 



Só tem um problema, dá vontade de parar toda hora para fotografar a paisagem que é maravilhosa.




Na base do vulcão há uma cafeteria e banheiro. Você pode fazer algumas trilhas ou pegar o teleférico usado pelos esquiadores no inverno, quando o vulcão vira uma estação de esqui, para subir mais um pouco. São dois níveis de subida. Preço: 14.000 pesos pp* até o ponto mais alto. 
* Valores atualizados em abril de 2016.

Dica: verifique o horário de funcionamento do teleférico, pois quase perdemos o passeio. Ele muda de acordo com a época do ano. Vá com tempo para caminhar com calma lá por cima.









Chegamos tarde e só tivemos tempo de fazer uma pequena trilha na segunda parada até o ponto mais alto que se podia alcançar nessa época do ano. Na primeira parada também há algumas trilhas, mas não tivemos tempo de fazê-las.

Dica: Existe a opção de fazer um trekking até um ponto mais alto do vulcão, mas por causa do gelo que já começava a se formar no caminho, o acesso estava interditado por medida de segurança.

Depois de saltar do teleférico, caminha-se até mais acima.

Chegando lá em cima, você não sabe se olha para a vista ao redor ou para o cume do Osorno ali bem pertinho. Lindo demais!


O visual do ponto mais alto que alcançamos é lindo e impressiona.
Essas nuvens são de gases do vulcão.

É hora de descer.
A descida tem seu visual próprio.


A subida de teleférico é tranquila, mas para quem tem medo de altura talvez não seja a melhor opção. Nesse caso, dá pra subir caminhando ou apenas fazer umas trilhas nos arredores da base e curtir o visual.

Se quiser evitar o teleférico, você pode andar.
Também tem  a opção de caminhadas para admirar outros vulcões.
E curtir o por do sol.

Pegamos a estrada para Puerto Varas com o sol se pondo. Conforme ele ia sumindo no horizonte, o céu ia ficando mais bonito e com cores incríveis.


Dica: Se estiver com tempo, pare em uma das praias do caminho para ver o por do sol. Da praia de Puerto Varas você não vê o sol se pondo, mas em compensação a cordilheira no fundo do lago adquire um tom rosado com os últimos raios de sol. 
Não dá para não parar! Com a luz do sol poente, tudo ficava mais bonito e ideal para fotografar.

Subimos até o Monte Calvário, que é de onde se tira aquela foto dos cartões postais da cidade em primeiro plano com o lago e os vulcões ao fundo. 
Dica: esse mirante fica ao lado da Clínica Alemana (rua Dr Otto Bader, 810). Procure pelo endereço no Maps, coloquei Monte Calvário e ele nos mandou para outro lugar. A partir do centro da cidade são uns 15 min. de caminhada.



Já estava tarde e não tivemos tempo de procurar o ponto para a foto da igreja com o Osorno ao fundo. Mesmo assim rendeu uma bela foto.



Nosso último jantar foi em um restaurante lindinho com uma vista incrível do lago e da cidade, o El Humedal (Turismo 145, Puerto Varas). Se estiver no verão, quando o sol se põe tarde, vá com o dia ainda claro. Fomos super bem atendidos e a comida estava gostosa. Escolha perfeita para fechar a viagem.