quarta-feira, 25 de março de 2015

Tailândia - Railay Beach




De Siem Reap, no Camboja, fomos para as praias ao sul da Tailândia. Após uma escala em Bangkok, onde tivemos que passar novamente pela Health Control e pela imigração (preencher os mesmos papéis também), chegamos em Krabi.

Dica: Para chegar na região litorânea banhada pelo Mar de Andaman você tem duas opções de aeroportos: Puket e Krabi. As duas cidades servem mais como base para quem quer fazer os passeios pelas praias e ilhas do entorno. A maioria das pessoas segue para a ilha de Phi Phi, que pode ser alcançada através ferry boat ou speed boat que partem de ambas as cidades. Optamos pelo aeroporto de Krabi. Nessa região achei duas praias interessantes para hospedagem à beira mar. Aonang, que é mais estruturada e de fácil acesso a partir do aeroporto de Krabi (ônibus ou táxi), e Railay, que fica em uma vilinha rústica, com rua de areia e acesso somente de barco (long tail a partir de Krabi ou Aonang e ferry boat desde Phi Phi e Phuket). Railay pra mim foi paixão a primeira foto e acho que a escolha foi perfeita. Mas há outras ilhas e praias paradisíacas por toda essa região, pesquise e escolha a sua. Esse site pode ajudar: http://www.gokohphiphi.com/

Planejávamos pegar um táxi até o porto de Aonang, que é de onde partem os long tails para Railay West, mas optamos pelo ônibus que era bem mais barato (150 pp X 600 taxi). Também há vans que fazem o trajeto. Dá pra chegar a Railay  pelo porto de Krabi com desembarque em Railay East (30min. estrada + 45min. long tail). Como nosso hotel era em Railay West, optamos pelo porto de Aonag (1h estrada + 15min. long tail).

Dica: Nos organizamos para deixar uma das malas no guarda volumes, pois a ida para Railay é em long tail e não existe píer em Railay West, o desembarque é na água mesmo. Qual não foi nossa surpresa ao descobrir que o guarda volumes do aeroporto era nos fundos de uma pequena venda de bebidas. As malas ficavam entre o estoque da vendinha. As funcionárias falavam muito mal inglês. Surreal! Sem opção, deixamos nossa mala lá, na base da confiança e da esperança (100BHT por dia). 


Guarda volumes

O ônibus era muito antigo, com um ar condicionado fraquinho e as malas iam na frente, ao lado do motorista, em cima do motor.  Estava lotado com gente do mundo todo.



Medo das malas caírem.


Apresentando Railay Beach



O ônibus tem uma parada em frente ao local de onde partem os barcos. Você paga a passagem em uma bilheteria (200BHTpp) e segue pela areia até o long tail. Colocar a mala no barco é um exercício. O barco ia na maior velocidade, jogando água na gente. No casco tinha umas frestas por onde passava água para onde estavam as malas. Deu medo, mas chegamos bem. 


Você é quem retira sua bagagem

E que chegada! O lugar é lindo! A praia em forma de ferradura é cercada por um paredão rochoso nas laterais. Em um dos lados você vê uma montanha de pedra emergindo da água. Parece que foi colocada ali caprichosamente pela natureza. O mar uma piscina de água morna. Chegamos na Tailândia das propagandas de turismo. E é tudo aquilo mesmo.

Nós hospedamos no Sand Sea Resort. Longe de ser um resort, mas o hotel em si era bonito e com uma boa estrutura (duas piscinas, restaurante, aluguel de caiaque). O problema era a equipe do hotel. Salvo o carregar de malas, todos antipáticos. O quarto standard era ruim, com aspecto de sujo. Pagamos mais 1000BHT a diária para mudar para o quarto superior. Que diferença! O café da manhã também era fraco. O problema é que tem poucos hotéis em Railay, principalmente no lado West onde fica a praia. Mas acho que dá pra conseguir algo melhor.


Vista do quarto

Dica: Esse lugar tem uma peculiaridade, a maioria dos hotéis e comércio de Railay West pertence a muçulmanos. Por isso, ao entrar nesses lugares a maioria das pessoas deixa os sapatos na porta em respeito aos hábitos locais. Um inconveniente é que muitos hotéis e restaurantes não vendem bebida alcoólica, mas você pode levar a sua e consumir no local. Havia um mercado na vila que vendia cerveja, embora o proprietário fosse muçulmano.

Chegamos na hora do pôr do sol, que é um evento aqui. Que coisa linda! Um dos mais bonitos que já vi com certeza. Para guardar na retina.



Dica: Railay é um lugar mais vendido como passeio do que para estadia. Então, durante o dia você vai ver muito turista. Já no pôr do sol a praia fica só para os poucos privilegiados que resolveram passar uns dias por lá.
 
Jantamos em um restaurante bonzinho na Walking St, a ruazinha principal e única de lá, o Local Thai. Comemos um peixe assado com um molho maravilhoso.

Dica: Os restaurantes ficam no meio da trilha que liga os lados East e West de Railay. Você tem que passar o mercado e seguir a trilha. Nas praias os restaurantes ficam com os peixes e frutos do mar expostos na porta, como em alguns lugares no Nordeste. Você escolhe o que quer e paga pelo peso. 


Pra terminar o dia, sentamos nas esteirinhas com lamparinas coloridas de um bar super charmoso em frente à praia, pedimos um drink e ficamos curtindo o visual sob um céu super estrelado. Inesquecível! 


terça-feira, 24 de março de 2015

Tailândia - Pranang Beach

Nesse dia decidimos ficar por Railay mesmo e curtir a praia. Pegamos a trilha para Pranang Beach. Na verdade essa praia fica ao lado de Railay West, mas tem um paredão de pedra separando as duas. Então ou você vai pela trilha ou de barco ou de caiaque. Para chegar na trilha, tem que andar até Railay East, pegar à direita e no final acessar a trilha à direita. Railay East não tem praia, só um mangue. De um lado tem alguns hotéis e do outro restaurantes. Ela tem tipo um píer improvisado, com uma estrutura de bóias de plástico. Os barcos vindos do píer de Krabi desembarcam aqui. Acho que deve ser mais confortável. Voltando à trilha, ela segue margeando um paredão rochoso com algumas cavernas pelo caminho. 



De repente a trilha se abre e você dá de cara com aquele mar de um azul fantástico, emoldurado por uma rocha alta, com uma caverna embaixo esculpida pelas ondas. Deslumbrante! 



A praia segue com árvores fazendo sombra na areia até a pedra que faz fronteira com Railay West.



Logo no início da praia há duas grutas com oferendas em homenagem a uma deusa-princesa que dizem proteger os pescadores e trazer fertilidade. As pessoas oferecem flores, incensos, frutas e outras imagens... 


Danadinha essa princesa, não?
Na parte central da praia ficam ancorados vários long tails vendendo bebida e comida. Não tem vendedores ou quiosques na praia, aqui é tudo feito no mar. O único incômodo era que ventava muito.


Food boat

Dica: Aqui um esporte muito praticado é o Rock Climbing. Há instrutores para ensinar a escalada em rochas e no início dessa praia tem uma parede de pedra muito usada pra isso. Também é possível fazer uma trilha até um mirante no alto das pedras. Não fiz porque li que era bem pesada, mas acho que deve ser muito legal.


Coragem


Voltamos pela trilha e quase não conseguimos passar por Railay East, pois a maré estava enchendo e já tinha quase encoberto o caminho.

Dica: Aqui tudo tem que ser feito de acordo com a tábua de marés. E pra complicar, são quatro variações de maré por dia.

Comemos uma pizza em um dos restaurantes de Railay East. Aqui tem mais bares e restaurantes. À noite deve ser mais agitado que o outro lado. 
De volta ao hotel, resolvemos alugar um caiaque e adoramos o passeio. Fomos até Pranang, contornamos a pedra em frente à praia, curtimos o visual, tudo de bom.



E no fim do dia todo mundo vai pra praia assistir ao pôr do sol.






Jantamos no restaurante Mangrove. Recomendo.  


segunda-feira, 23 de março de 2015

Tailândia - Hong Island




Hoje é dia do passeio mais comentado dessa região, vamos à ilha Hong. Contratamos em uma agência na Walking St, em Railay West. Na verdade o tour incluía 4 lugares. Fizemos no speed boat porque era mais rápido (o lugar é um pouco distante). 
Após uns 30 min fizemos a primeira parada. Era uma ilha pequena, mas bem bonitinha. O problema era o chão cheio de pedras. 



A segunda era uma baiazinha com pedras altas na entrada chamada Kho Lao La Ding. Linda! Almoçamos aqui. O mar uma piscina de águas transparentes. Dava pra ver alguns peixinhos, mas nada demais. O almoço foi frango ao curry, arroz e coxinhas de frango fritas. Sobremesa abacaxi e melancia. Havia umas mesas de madeira onde eles serviram a comida. Outros barcos davam uma quentinha de isopor. Ficamos revoltados quando uns orientais largaram suas quentinhas entre as pedras e foram embora. Inacreditável! Carlos ainda chamou, mas eles fizeram que não era com eles. Pra que ir a um lugar desses, não é? Aliás, vimos sujeira nas praias e até no mar. Isso é um problema por aqui. 




Depois continuamos até a Lagoa Hong. Você entra por uma fenda entre duas rochas e se vê em uma lagoa de água salgada cercada por um muro de pedras. Linda! Pena que o speed boat não pode parar aqui, só long tail. 



Última parada, Ilha Hong. A mais bonita do passeio, com aquela mistura de pedra, mar e mata típica daqui. O acesso é por um píer improvisado de boias de plástico. Como o mar estava batendo, foi um exercício de equilíbrio chegar à praia. Aqui havia uma barraquinha vendendo bebida e batata frita.





Na volta o barco batia muito, mas chegamos bem. Toda aquela região é pontilhada de pedras emergindo do mar. E que mar! Aquela expressão é bonito que dói se aplica aqui. Está começando a me faltar adjetivos pra expressar tamanha beleza.

Já de volta em Railay comemos uma espécie de sanduíche de churrasco grego maravilhoso na lojinha de um cara estrangeiro na Walking St. Não deixe de provar.

Seguindo a rotina, pegamos a nossa esteirinha, estendemos na praia, compramos uma bebida e ficamos vendo o sol ir embora e o céu mudar de cor até escurecer.  Vou sentir saudades disso!




Após o jantar, fomos beber nosso último drink no Bang Bang, um barzinho já chegando em Railay East. Era o bar mais comentado nos sites. Na verdade o legal é a simpatia do dono, um cara tranquilão, com dred no cabelo, que fazia o drink com a maior calma e dedicação. 

domingo, 22 de março de 2015

Tailândia - Phi Phi Island Village Beach Resort




O ferry para Phi Phi saia 9h45 de Railay West. Pegamos um long tail que nos levou ao Ferry ancorado em frente à praia. O ferry tinha uma parte superior aberta e uma àrea com ar. A viagem durou 1h30 e foi confortável.



Nosso hotel, o Phi Phi Island Village Beach Resort, ficava distante de Ton Sai, a vila principal da ilha, onde você desembarca. Quando chegamos já havia uma pessoa com a plaquinha do hotel para nos encaminhar ao long tail que nos levaria. Pagamos 200BHT pp. Não precisa reservar, eles ficam lá esperando os hóspedes do hotel para oferecer o serviço de transfer. Gastamos uns 20 min até o hotel que fica em uma praia privativa linda, cercada de mata e rochedos. O lugar é um sonho! Pena que alguns sonhos custem tão caro. Mas se estiver no seu orçamento, vale cada moedinha.


Chegada ao resort.

Fomos logo encaminhados ao Lobby e recebidos com um suco refrescante. E como era nosso dia de sorte, ganhamos um upgrade para uma parte mais nova do hotel. 


São pequenos condomínios cercados por uma cerca verde com meia dúzia de bangalôs. O quarto era grande, confortável e bem decorado. Só não tinha internet wifi, que só está disponível nas áreas públicas e mesmo assim só pegava bem no lobby. O café da manhã foi um dos melhores da viagem.

Vista do quarto


A estrutura do resort é grande e no começo achamos tudo longe, mas em pouco tempo a gente se acostuma. Você também pode pedir para te pegarem com um carrinho de golfe.


A piscina principal do hotel é bem grande e tem um bar molhado. 


Lá conhecemos um casal de São Paulo super simpático, que nos indicou uma agência de turismo e o restaurante chamado Pad Thai, ambos na vilinha atrás do hotel. Ótimas dicas! Fechamos o passeio para o dia seguinte em um grupo de 8 pessoas por 1300BHT pp. Ficou mais vantajoso que o privativo (1600BHT), pois incluía guia, equipamento para snorkeling, taxa para aportar em Maya Bay (200BHT), almoço e ainda conhecia mais lugares. Também estava incluído no preço do tour um CD com fotos tiradas durante o passeio. A agência era a última da rua. Recomendo! Ainda ganhamos um desconto para o restaurante do irmão da dona que valeu a pena. O jantar no Pad Thai foi um dos melhores da viagem. Nos arrependemos de não ter ido lá mais vezes.



Dica: Atrás do hotel há uma pequena vila com alguns restaurantes, bares, agências de turismo e até mercadinho. Embora seja tudo muito rústico, encontramos serviços de qualidade por lá.  Gostamos tanto que não fomos em nenhum dos restaurantes do hotel. Claro que é interesse do resort que você só use os serviços dele. Então, não há placa indicando a localização da vila e nos falaram que os funcionários não gostam de dar essa informação. Há vários caminhos, mas a melhor forma de chegar nela pela primeira vez é seguindo em direção ao ponto de fuga em caso de tsunami (não se assuste, você verá isso em vários lugares). Basta seguir pela beira da praia na direção oposta à piscina. No fim do hotel há uma placa indicando o caminho para esse ponto. Você vai seguir em sentido contrário à praia e quando sair do hotel já vai ver o início da vila.

Vila no fundo do hotel

A sinalização é boa, né?




sábado, 21 de março de 2015

Phi Phi Island - Maya Bay e outras maravilhas




Nesse dia conhecemos a praia mais famosa da Tailândia, Maya Bay, onde foi gravado o filme “A praia”. Ela fica em uma ilha menor, Phi Phi Leh, ao lado da ilha principal, Phi Phi Don. As 8h30 chegamos na agência. Lá experimentamos as nadadeiras e pegamos o equipamento para snorkeling. Primeira parada foi Maya Bay, para tentar evitar a multidão. Não adiantava chegar mais cedo, porque a maré estaria muito baixa e a praia na sombra. O visual não é tão bonito. Chegamos às 9h e estava tranquilo. Quando deu 10h já estava cheio de gente. A praia realmente é linda. Aquela mistura de rocha, mata, areia branca, água de um azul espetacular e mar tão calmo que parece uma piscina. O melhor é que a água não é fria, da vontade de ficar horas ali. É a visão do paraíso, mas vi outras praias tão maravilhosas quanto por lá.




Após a sessão de fotos, cruzamos a ilha por uma trilha e chegamos a um pequeno mirante com um visual, na minha opinião, mais bonito que Maya Bay. Mar azul turquesa e uma rocha emergindo do mar. Lindo! 



Quando os grupos grandes começaram a chegar, fomos explorar o restante da ilha de Phi Phi Leh. Paramos numa parte na lateral de um paredão de pedra com uma pequena caverna. Essa é a melhor região para se avistar tartarugas. Conseguimos ver uma. Também mergulhamos na caverna o que foi bem legal.

A caverna fica à esquerda da foto.
Depois fomos para a parte atrás de Maya Bay, aquela que vemos do mirante.  Tem uma baiazinha parecida com a outra só que menor. Achei mais bonita que Maya Bay, por causa da cor da água. Almoçamos lá. O guia colocou umas esteirinhas na areia e serviu a comida em quentinhas de isopor. Para beber água e refrigerante e para sobremesa abacaxi e melancia. Inesquecível almoçar em um lugar como esse. Essa praia é legal para ver tubarão, apenas baby segundo nosso guia.


Depois seguimos para Phi Phi Don, a ilha principal. Aí conhecemos a Monkey Beach, mas não vimos nenhum macaco. A praia é bonita, mas perde para as demais.

No caminho de Monkey Beach....que água é essa?
Nessa hora perguntei ao guia sobre uma praia que estava super recomendada na internet, Wah Long. Ele disse que não seria possível ir por causa do acesso que era muito estreito para o barco, mas depois falou com o barqueiro e quando vimos estávamos passando por uma abertura em um paredão de pedra que levava à uma pequena baía. 


Além do visual lindo, o fundo do mar guardava a maior surpresa. Havia cardumes enormes e uma grande variedade de peixes. Foi uma das sensações mais incríveis que já senti estar rodeada por um cardume. Pra mim foi um dos pontos altos da viagem. Pena que o tempo foi curto.



Dali partimos  para a vila de Ton Sai, que é uma loucura. Gente pra todo lado, muitas lojas, restaurantes, agências de viagem e tudo mais que você quisesse. Paramos para trocar dinheiro em uma casa de câmbio (na vila próxima ao hotel não tinha nenhuma). Daqui a pouco aparece o guia com um saco cheio de banana e batata doce fritas. Que delícia! Falando do guia, foi o melhor de toda a viagem. Simpático, atencioso, profissional, ficou com a gente 1h30 a mais do que foi contratado.


A praia hoje estava uma piscina de água morna. Perfeita! O entardecer aqui é lindo também.



Após o jantar, tomamos um drink em um bar muito louco, todo rabiscado. O dono deu pra gente uma lata de lápis de cor para escrever no livro de visitantes e uma caixa de tintas para escrever na parede. Deixamos lá nossa marca.


 Era sábado e 11h já não tinha quase ninguém na vila. Realmente aqui não tem agitação.