terça-feira, 25 de outubro de 2016

Bogotá - Roteiro de 1 dia




Este é um roteiro básico de 1 dia, que foi o tempo que tivemos para conhecer a cidade. Foi tudo muito corrido. O ideal é dividir as atrações em 2 dias.



Cerro Monserrate - um mirante com vista para a cidade. Você sobe o pedaço mais íngreme de funicular. Preço: 18.000 pesos ida/volta. Depois segue por uma trilha até o mirante em frente à igreja de Monserrate. A estrutura conta com banheiro, lanchonete e 2 restaurantes. Tudo muito bem cuidado. De um lado do mirante avista-se Bogotá e do outro a mata que circunda o cerro.











Para chegar ao centro histórico, na Candelária, você pode encarar a descida a pé que dura uns 10 min ou pegar um táxi como nós.

Museu do Ouro -  conta a história da exploração e uso do ouro ao longo do tempo.  No acervo há belíssimas jóias, estátuas e indumentárias usadas por antigas civilizações. Tudo muito bem organizado. Preço: 3000 p. Site

O museu é bem interessante...
...e bem montado.
Possui objetos diferentes...
...detalhados..








Interativo.
Plaza Bolívar - nela estão a catedral de Bogota, o Capitólio e outros prédios importantes. É o centro do bairro histórico da Candelária e todos as outras atrações ficam no entorno.


Almoço no La Puerta Falsa - esse restaurante escondido em uma ruazinha ao lado da catedral está na ativa desde 1816. Ele é muito famoso e recomendado para provar a culinária típica colombiana. O espaço é pequeno, apertado e geralmente cheio. Fomos em uma quarta-feira por volta de 1h e demos sorte de encontrar lugar. A comida é gostosa e o atendimento cordial. O reduzido cardápio fica em um quadro na parede. Experimentamos o Ajioilo Santafereño, que se trata de uma espécie de canja de galinha com bastante batata e um tempero especial, acompanhada de alcaparras, creme de leite e abacate que vc pode misturar à sopa, e o Tamales, que parece uma pamonha salgada, mas com arroz e frango, enrolada na folha de bananeira. Ambos muito gostosos. Gastamos menos de 50.000 pesos com cerveja e água.

Esse lugar tem história e sabores.
Tem um mezanino, mas é quente pacas.

Pouco espaço para muita gente.
Ajiaco Santafereño
Tamales
Dica: nessa mesma rua há vários pequenos restaurantes como esse. Se estiver cheio, procure outro. Acho que não deve ter tanta diferença. 

Têm várias opções na rua. Não perca tempo!

Centro Cultural Gabriel e Café Valdez - seguindo a rua do restaurante vc vai passar pelo Centro Cultural Gabriel García Marques. É uma construção mais moderna e abriga salas de exposições e eventos, uma grande livraria e uma filial do Café Valdez. Bom lugar para provar o famoso café colombiano. Entrada gratuita.


Pena que não tinha livros editados em português.

Museu Botero - Fernando Botero é um artista famoso por só retratar figuras rechonchudas em sua obras. Além de suas pinturas e esculturas, a coleção abrange obras de Picasso, Matisse, Renoir, Miró, entre outros. O museu é gratuito. Li que essa foi uma exigência de Botero para doar sua coleção para o Estado. Imperdível!












Igreja da Candelária - seguindo a rua você vai encontrar a pequena igreja da Candelária. Vale dar uma entrada e apreciar a linda pintura do teto e o altar. Entrada gratuita.



El Chorro de Quevedo - trata-se de uma praça animada em uma região repleta de universidades e repúblicas. No seu entorno há vários grafites dando um colorido especial ao local.








The Pub - no caminho encontramos esse pub com uma decoração muito legal, parece mesmo um pub irlandês. No happy hour tem promoção de chope. Acredito que mais tarde deve ficar bem animado. Eles possuem uma filial na Zona T. 




Passeio pela Zona T

É a zona mais chique da cidade onde se concentram lojas e restaurantes bacanas. Um lugar para bater perna no fim de tarde e emendar com o jantar. 

Centro Comercial Andino e Centro Comercial El Retiro (atrás do outro) - ambos contam com uma boa variedade de lojas conhecidas internacionalmente. Não achamos o preço muito bom, mas também passamos um pouco rápido por eles. 
Dica: as lojas fecham cedo, às 20h. 


Há muitas opções de lugares legais para jantar e curtir a noite. Uma pesquisa no Trip Advisor pode ajudar na hora de escolher. Essas são nossas sugestões.

Andres Carne de Res - acho que esse é o restaurante mais famoso de Bogota. Uma verdadeira atração turística. Sua decoração é baseada na obra A Divina Comédia, de Dante.  Com com quatro andares que representam Céu, Terra, Purgatório e Inferno (que é o lugar mais animado). Ele tem três endereços: o original fica em um povoado próximo da capital, tem uma filial no Centro Comercial El Retiro e um menorzinho perto do Parque 93. Fomos no do El Retiro. Como era quarta-feira achei que não precisava reservar. O que eu não sabia é que o original fecha de segunda-feira a quarta-feira e todo mundo corre para esse da Zona T. Não tinha mesa dentro e nos colocaram na varanda que na verdade é a área para fumantes. Por isso só bebemos um drink e resolvemos jantar em outro lugar. A decoração é realmente muito diferente e o ambiente super animado. Mas é o tipo de lugar para turista, com aquela coisa de te puxarem pra dançar e uma música bem típica. Para quem gosta é imperdível. Achamos que é um lugar caro. Um drink está na faixa de 40.000 pesos.







ou

Wok - Esse restaurante de comida asiática é tudo de bom. O ambiente é moderno e aconchegante, atendimento simpático, preço razoável e comida excelente. Eles têm desde comida japonesa até pratos do sudeste asiático. Os sucos também são maravilhosos. Prove o de morango (fresa) com lichia. Uma refeição para dois com entrada e prato principal fica em torno de 100 reais. Há um no Park 93 e outro na Zona T. 


O cardápio é inusitado. Trata-se de uma revista com fotos, descrição dos pratos e preços.
Os pratos são saborosos e bem parecidos com o que comíamos na Tailândia,
Pad Thai
A entrada estava ótima e a BBC é extraordinária.

Nosso hotel

Best Western Plus 93 Park. (Calle 93 #13-71)
Ótima opção de hospedagem pela qualidade e localização. Quarto grande, confortável e bem equipado (cafeteira, tábua e ferro, secador, etc). Funcionários atenciosos. Internet wifi gratuita no quarto pegando bem. Café da manhã bom. Próximo a bares, restaurantes, mercado e farmácia. O Park 93, uma grande praça arborizada com parquinho para crianças e vários restaurantes ao redor, fica a 5min. de caminhada.  Já a famosa região da Zona Rosa está a 20 min. O único defeito é o isolamento acústico do quarto, ouvíamos o barulho do corredor pela manhã. Como nosso objetivo era acordar cedo para curtir a cidade, não nos incomodou. 


Park 93




Bate e Volta

Infelizmente nossa estadia foi muita curta e não tivemos tempo suficiente para fazer esses passeios, por isso não temos como dar nossa opinião pessoal. Mas ambos são super recomendados por quem vai e com certeza estarão no nosso roteiro em uma próxima viagem a Bogotá.

Catedral de Sal – construída em uma mina de extração de sal, ela é considerada uma das maravilhas da Colômbia. Ela fica no Parque de la Sal, na cidade de Zipaquirá, localizada a 1h de Bogotá. A maioria das pessoas contratam um tour ou um táxi para fazer o passeio, mas é possível chegar de transporte público (ônibus). Para mais informações visite o site: http://www.catedraldesal.gov.co/faqs

Villa de Leyva – essa pequena cidade a 170km de Bogotá (3h) guarda a herança colonial espanhola em seu calçamento de pedra e no casario preservado. Ela lembra um pouco a cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. O tour de 1 dia pode ser contratado com um taxista por 400.000p. Se estiver com tempo, vale a pena passar um fim de semana na cidade. Ela conta com uma boa estrutura de hotéis e restaurantes. Nesse caso, pode ser interessante ir de ônibus a partir do terminal Rodoviário de Bogotá. A viagem dura 4h. Gostou da ideia? Dê uma olhada nesses sites:
http://www.fragatasurprise.com/2016/04/villa-de-leyva-colombia.html

Obs: Todos os valores informados referem-se a setembro/2016.

Para saber mais:

Colômbia - Leia antes de embarcar

Cartagena - o que ver e fazer

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Machu Picchu


Não é todo dia que você acorda às 4h da madrugada feliz da vida. Mas a expectativa de ver ao vivo e a cores aquela imagem de Machu Picchu vista dezenas de vezes em livros e revistas de turismo justificava a empolgação. E por que tão cedo? Para ver a cidade ser iluminada pelos primeiros raios de sol ao lado de poucos privilegiados.

Dica: Do salão de café da manhã vimos muitas pessoas subindo a pé para as ruínas. Isso só ia deixando a gente mais ansioso. Aí veio a dúvida: será que deveríamos ter ido caminhando? Não nos arrependemos de pegar o ônibus, pois a subida de 45min é pesada e o sítio arqueológico muito maior do que aparenta na foto. Melhor guardar sua energia para conhecer a cidade.

Devidamente alimentados, seguimos para o ponto de ônibus com nossas passagens, ingressos de entrada e passaporte para carimbar na saída (não esqueça!). Pretendíamos pegar o primeiro ônibus às 5:30h. Nós e metade da cidade. Olha a situação às 5h da manhã:

Fila básica.

Encontramos com um grupo de brasileiros super simpáticos na fila que tinham feito a trilha Salkantay (vimos as fotos e as paisagens são incríveis) e estavam com guia.  Acabamos nos juntando ao grupo para fazer o tour guiado e foi ótimo. Pagamos 20 soles pp.

Dica: há vários guias na entrada do sítio arqueológico. Até dá pra fazer a visita sozinho, mas para aproveitar bem tem que pesquisar sobre o assunto, se não você vai ficar meio perdido. 

A fila andou rápido, pois são vários ônibus fazendo o trajeto que dura entre 20 e 30 min. A estrada é estreita e segue beirando a montanha. O visual é espetacular.

A vista da janela do ônibus, no caminho para  Machu Picchu.

Após muitas curvas, chegamos à entrada. Hora de aproveitar para ir ao banheiro, pois não há nenhum dentro da cidade. Custa 2 soles.
Dica: o ingresso permite que você saia 2 vezes para ir ao banheiro. 


Se precisar de água, pode comprar na máquina ao lado do banheiro ou na guarita que fica na entrada da trilha que leva à Ponte Inca.

Homenagem ao descobridor da cidadela.

Ao passar pelo portão de entrada ainda não dá pra ver a cidade, sua ansiedade vai aumentando conforme segue a trilha.


De repente, após uma curva, você se depara com aquele cartão postal na sua frente, a mística Cidade Sagrada dos Incas: Machu Picchu. Imagine a emoção de Hiram Bingham quando em 1911 descobriu essa maravilha escondida no vale de Vilcabamba?



Depois, procure se instalar em um ponto de onde você tenha uma visão ampla da cidadela. Admire a vista e curta o momento enquanto espera o sol nascer atrás da montanha em frente às ruínas. Regule a máquina para esse momento, quando a cidade vai recebendo gradualmente os primeiros raios do sol até ficar totalmente iluminada.

Os primeiros raios de sol iluminando as montanhas que cercam a cidade.




Findo o espetáculo, hora de percorrer a cidade. Ela se divide em setor agrícola e urbano. No primeiro você vai ver os tradicionais terraços agrícolas e no alto a casa de vigilância. Não deixe de subir até lá. Tem uma das melhores vistas de Machu Picchu.


O setor urbano divide-se em distrito popular, distrito sagrado e distrito real. O primeiro fica na parte mais baixa da cidade, onde morava a classe trabalhadora e ficavam os silos de estocagem.


A Pedra Intihuana, o Templo do Sol e o Templo das Três Janelas são os principais prédios do Distrito Sagrado. Não se sabe ao certo para o que era usada a Pedra Intihuana (Pedra do Sol). Seria apenas ritual, um instrumento para determinar o solstício ou talvez tivesse algum propósito astronômico. O que se sabe é que ela exercia um papel importante para os incas e a de Machu Picchu é a única que restou preservada, quer dizer, até o dia em que um guindaste caiu em cima dela durante a filmagem de um comercial da cerveja Cusquenha. Por sorte o dano foi pequeno.

Pedra Intihuana.
Templo do Sol.
Templo das Três Janelas.

O Distrito Real era o local de moradia do governante inca, nobreza e sacerdotes. São casas maiores e construídas com mais capricho que as das pessoas comuns.

A casa tinha até banheiro.




Que vista!

Há algumas caminhadas que você pode fazer no entorno do sítio arqueológico.
A mais famosa é a trilha que leva à Montanha de Huayna Picchu (45 a 90 min), que é aquela que emoldura toda a foto que se vê da cidade. Dizem que a vista não é das melhores, mas que a energia do lugar é especial. Outra trilha famosa é para a Montanha Machu Picchu (1h30 a 2hs). Essa só é aconselhada para quem está acostumado, pois é muito pesada. A entrada para as duas deve ser comprada junto com o ingresso para Machu Picchu e existe limite de acesso. No caso de Huayna Picchu você ainda tem que escolher entre dois horários. Clique aqui para saber mais sobre a compra de ingressos.


Huayna Picchu. Subir lá é para poucos.

A trilha mais facinha é até a Ponte Inca. O caminho é plano no meio da mata beirando um vale. Você só vê a ponte de longe, pois está parcialmente destruída. É interessante e agradável, mas a vista não tem nada demais. Leva-se uns 40min ida e volta.

A sinalização está presente.

A ponte Inca.

A mais legal para quem não vai subir as montanhas e está disposto a gastar energia é o caminho até o Portão do Sol. Os viajantes da trilha Inca chegam por lá. Nosso fôlego só nos permitiu ir até a metade do percurso, no ponto onde há uma pequena ruína. A vista é tão maravilhosa que já ficamos satisfeitos e de lá voltamos.


Até onde fomos na caminhada.
A trilha é bem sinalizada.
E pavimentada.
O visual da cidade impressiona. 
Daqui de cima percebe-se que a cidade fica escondida no meio do vale.

E não é só a cidade e suas ruínas que impressionam com o belo visual. Você ainda tem a oportunidade de contemplar o entorno.


E os atuais habitantes da cidade.



Após horas de caminhadas, explicações, contemplações e muitas fotos, nos despedimos de Machu Picchu e seguimos para o ônibus. Por volta de 13h a fila estava grande. Após uns 20min conseguimos embarcar.

Fomos direto para a estação, pois usamos o serviço do hotel de entrega de mala na ferroviária.

O trem saiu um pouco atrasado, mas a viagem foi tranquila. Pegamos o Trem Expedition, que é o mais simples, conhecido como dos mochileiros. Não tem lanche, só bebida incluída. O conforto das poltronas era o mesmo do Vistadome, só muda mesmo a questão do teto envidraçado que apenas este tem. Clique aqui para mais informações sobre o trem para Machu Picchu.

Dica: o trajeto do trem passa por paisagens belíssimas em ambos os lados. Então compre a ida e a volta do mesmo lado do vagão, assim você terá chance de curtir o visual por inteiro.

Em Ollantaytambo pegamos um taxi para Cusco. Estávamos exaustos e optamos por viajar com um pouco mais de conforto. Pagamos 80 soles depois de negociar. Se quiser mais segurança, pode contratar com alguma empresa de táxi para te pegar na estação. Usamos a Táxi Datum em um tour e recomendamos. Uma opção mais em conta são as vans e os táxis compartilhados. Não necessita reserva, eles ficam esperando os turistas na saída da estação. Chegamos em Cusco após 2h de viagem.