domingo, 27 de setembro de 2015

Dublin - Castelo, Biblioteca Chester Beatty, Catedral de San Patrick e Guiness




Hoje seguimos para o outro lado da cidade. Visitamos o Castelo de Dublin. Não é muito antigo, mas o grande salão impressiona. Fala mais da Insurreição de Páscoa em 1916 (Easter Rising), quando rebeldes insurgiram-se contra o domínio britânico. Seu quartel general foi a sede dos correios (General Post Office) na O'Connell St, onde ainda se pode ver as marcas de tiro na fachada.  Eles chegaram a declarar a independência do país, porém em poucos dias todos foram presos pelo governo britânico e os líderes condenados à pena de morte. No início o movimento não teve muito apoio popular, porque houve mortes, muita gente machucada e um caos total na cidade. Mas diante da reação violenta do governo britânico os revolucionários acabaram virando heróis nacionais e o movimento pela independência ganhou força e acabou culminando no seu reconhecimento alguns anos depois. 




A parte mais antiga do prédio,  a torre e a capela, só podem ser visitados com o tour guiado e nós não tínhamos tempo para esperar o próximo.


Atrás do Castelo tem um museu imperdível, achei o melhor de todos, a Biblioteca Chester Beatty. O nome vem do dono do acervo que doou sua coleção de livros raros para o Estado. São livros do mundo inteiro, alguns com belos desenhos e decoração, além de uma bíblia do século  II, a segunda mais antiga do mundo. Infelizmente não era permitido fotos. Tem um café no local.

Seguindo o roteiro visitamos a Catedral de San Patrick. Muito imponente. 






Um dos pisos mais belos que já vi em igrejas.



Homenagens a diversos soldados irlandeses que lutaram e morreram pelo império.
Bandeiras originais com mais de 200 anos de diversos regimentos britânicos que lutaram pelo império.
Aqui temos as mais antigas.

Piso original.
E uma pequena biblioteca ao lado, a Marsh's Library. O interessante é que há 300 anos ela permanece igual. É para quem gosta desse tipo de lugar, onde você sente o cheiro da madeira e fica imaginando as pessoas que passaram por ali, usaram aqueles móveis e livros que continuam no mesmo lugar. Frequentadores famosos: Bram Stoker, autor de Drácula, e James Joyce, um dos escritores mais reverenciados da Irlanda. 

Dica: Você já ouviu falar em Bloomsday? 
A obra mais famosa de James Joyce, Ulysses, é considerada um marco na literatura moderna da língua inglesa. Ele faz uma espécie de paródia da Odisseia de Homero, restringindo todos os acontecimentos a um único dia: 16 de junho de 1904 (em mais de 900 páginas). A história se passa em Dublin e no lugar do herói grego Ulisses está Leopold Bloom. Todo dia 16 de junho comemora-se o Bloomsday, quando há eventos pela cidade sobre o livro e os dublinenses aproveitam para beber e celebrar a vida do autor.


Terminamos o dia visitando a Guinness Storehouse. Impressionante a estrutura desse lugar. Simplesmente fantástico. E a vista da cidade que se tem do bar no 7o andar é imperdível. 






Como faziam os barris.

O meio de transporte no passado.





Propagandas belíssimas e criativas
Mais propagandas. Aqui são apresentados vídeos de propagandas antigas.
A cereja do bolo. O ingresso dá direito a um pint de Guinness.
O bar fica no topo do prédio e garante um visual da cidade de 360 graus.
A visitação fica dentro da fábrica da Guinness.
Na volta para o hotel ainda passamos no pub mais antigo da Irlanda, o Brazen Head  (20 Lower Bridge St. Dublin 8). Muito legal. Ele existe desde 1198. Encontramos um brasileiro trabalhando no bar. Ele disse que os shows lá são animados. Fica a dica.


O Pub mais antigo da Irlanda (desde 1.198)


Veja também:

Dublin - Pubs de Temple Bar

sábado, 26 de setembro de 2015

Kilkenny e Killarney



Dia de deixar Dublin e seguir viagem. Pegamos o ônibus da Aircoach na O'Connel St para o aeroporto onde retiramos na Hertz o carro alugado no Brasil.

Ônibus da Aircoach.

Dica:  Como já falamos, na Irlanda vigora a mão inglesa. Por isso, recomendamos fortemente que você alugue um carro automático.


Muitas estradas são duplicadas, o que facilita acostumar-se a dirigir à inglesa.

Primeira parada foi em Kilkenny, que é considerada a cidade medieval mais charmosa e preservada do país.  O castelo é lindo e com um gramado e jardim maravilhosos. Vale a visita.



Não dá vontade de deitar nessa grama?



Demos uma volta rápida na cidade e seguimos viagem. 

A cidade é muito charmosa.


Cuidado! Risco de escorregar!!


Ciclista na Irlanda anda na linha e segue as regras.

Aqui foi questão de prioridade, mas a cidade tinha outras atrações legais para visitar, como a Black Abbey, igreja de 1225 com lindos vitrais, a Rothe House e Gardens, prédio do séc. XVII bem preservado onde funciona um pequeno museuSt. Canice`s Cathedral, que é o prédio mais antigo da cidade e possui uma torre do séc. XII. Paga-se para subir, mas dizem que a bela vista da cidade compensa.


Volta ao tempo.



Para que você não caia na mesma "furada", vou contar aqui nossa aventura. Passeando pelas ruas de Kilkenny, vimos uma placa indicando uma rota cênica para Cashel e decidimos seguí-la. Acontece que o GPS parou de funcionar e não sabíamos o tempo que levava a viagem por essa rota. As estradinhas eram muito estreitas o que tornou a viagem meio estressante. Depois percebi que as rotas N são as melhores, pois são secundárias mas não tão estreitas. No final levamos umas 2h30 em um trecho que deveria ser feito em 1h.  Quando chegamos em Cashel, paramos em um café com wifi e pegamos o caminho pelo google. Mais 2h de viagem. E adivinhem: o GPS voltou a funcionar.


Sem GPS, sem placas e ainda tentando me acostumar a andar na contra mão.

Dica: compre um chip para ter acesse à internet ou baixe no celular o mapa da região no Maps para uso off line.

A cidade de Cashel é antiga e tem alguns prédios bem interessantes. Adorei um hotel instalado em uma torre antiga.  Mas a grande atração é o castelo Rock of Cashel, considerado um dos mais bonitos do país. Como chegamos tarde, nem deu para visitá-lo. 

Finalmente chegamos em Killarney. Nosso hotel, o Mulbur House, é um BB instalado em uma casa antiga numa área arborizada há 10 min. de carro do centro cidade. A melhor estadia da viagem. Quarto confortável, chuveiro ótimo e um bom café da manhã. Mas o ponto alto é a simpatia da dona, Jackie, que deu todas as dicas. Conversamos muito durante o café. Quer dizer, mais escutava, porque ela fala demais e quase não deixa a gente falar. Aprendemos muito sobre a Irlanda com ela. 



Jantar: tínhamos reservado uma mesa no restaurante Bricin, pois no dia comemorávamos nosso aniversário de casamento. Mas já estávamos atrasados. Jackie ligou para lá e avisou. Eles nos receberam com muita simpatia e o jantar foi maravilhoso. O restaurante fica no 2º piso de um prédio antigo do centro da cidade. O ambiente é bem agradável e a comida saborosa (especialmente o peixe). Super indicado.




Veja também: