segunda-feira, 16 de março de 2015

Camboja - Siem Reap e Angkor Wat


Dia de seguir viagem para o Camboja. O free shopping do aeroporto Suvarnabhumi em Bangkok é enorme, luxuoso e caro.
  
O aeroporto é de primeiro mundo.

Nosso voa atrasou 1h, mas ficamos no Lounge da Bangkok Airways que é bem legal, tem lanchinho e internet free. O voo foi tranquilo. Mesmo sendo de apenas 1h foi servido um café da manhã.



Retirando o visto de entrada

O Camboja exige visto para brasileiros. Como não há representação consular no Brasil, a forma mais fácil é fazê-lo quando da sua chegada ao país. Você precisa de um passaporte válido por no mínimo 6 meses, uma foto 3x4 (li que dá pra tirar lá por US$ 1), o comprovante internacional de vacinação contra febre amarela e US$ 30. O processo é simples e até engraçado. Entrando no aeroporto você será encaminhado para um longo balcão com vários funcionários. Vai entregar um formulário fornecido no avião preenchido juntamente com tudo que falei acima. Aí vem a parte engraçada. Seus documentos irão passar de mão em mão, um verifica, outro cola o selo de visto, outro carimba e por fim te chamam na outra ponta do balcão para devolver o passaporte.  Simples assim.

Hotel

Chegando em Siem Reap o transfer do hotel, que contratamos previamente, estava nos esperando. Nos hospedamos no Golden Temple Residence, que foi um diferencial na nossa viagem ao Camboja. Na recepção nos ofereceram frutas e suco. Liberaram o quarto antes do horário e nos deram alguns mimos: jantar estilo Khmer no restaurante do hotel e 1h de massagem. O quarto era grande e aconchegante. Banheiro amplo e com uma boa ducha. Localizado a 5 min. de caminhada da Pub St, principal rua de restaurantes da cidade, e próximo aos mercados também. Conta com uma piscina e internet wifi grátis inclusive nos quartos. Gostei de tudo aqui, mas o ponto forte era a simpatia do pessoal do hotel. Sempre sorridentes e muito solícitos. 



Assim como na Tailândia, o cambojano é muito religioso.

Aliás, descobriríamos que essa simpatia é característica do povo cambojano, que apesar de sua triste história de guerras e das atrocidades cometidas na época do Khmer Vermelho, cujas consequências são visíveis ainda hoje nas condições de vida da população e na negligência dos governantes com a saúde e a educação, parece resignado.



Dica: tanto no Camboja quanto na Tailândia o calor beira o insuportável. Olha que eu moro em uma cidade quente, mas lá é mais úmido e você fica encharcado de suor.  Além disso, a área dos templos tem muita terra e poeira. Conclusão: não dá pra repetir roupa. Como o serviço de lavanderia lá não é caro, vale a pena usá-lo e, assim, diminuir o peso da mala. No Camboja é mais barato. Nós usamos o serviço do hotel, mas na rua há várias lavanderias que cobram um preço melhor. Na Tailândia também é fácil achar esse tipo de serviço.

Cartão de Acesso à ruínas de Angkor

Marcamos um passeio à tarde para o principal templo: Angkor Wat. Na entrada do complexo você paga pelo bilhete que pode ser de um dia (US$20), 3 dias (US$40) ou 7 dias. Pegamos o de 3 dias. Eles fazem um cartão de papel com sua foto, tirada na hora, que tem que ser apresentado na entrada de todos os templos do complexo.


Dica: Quando ouvimos falar em Angkor Wat só lembramos do lindo templo com cúpulas em forma de flor de lótus. Mas o complexo é enorme, esse templo representa uma pequena porção de todas as ruínas maravilhosas que você vai ver por lá. O Império Khmer desenvolveu-se entre os séculos IX e XV principalmente onde hoje é o Camboja. Angkor era a sua capital. Wat quer dizer templo. Angkor Wat foi o principal templo construído no reinado de Suryavarman II e o mais grandioso do complexo. Quando subia ao poder um novo monarca, ele tratava de mandar construir seu próprio templo ou cidade. Por isso a região é repleta de prédios fabulosos, cada um com características próprias. Nós gostamos muito desse tipo de lugar, rico em história, arte e arquitetura. Por isso reservamos 2 dias e meio para conseguir ver um pouco mais do que o básico sem pressa. Pense nisso na hora de fazer o roteiro. Os guias vendem basicamente dois tipos de tours que diferem entre si pela extensão da área do complexo visitada. Mas é possível fazer algo diferenciado de acordo com o seus interesses.

http://www.tourismcambodia.org/en/index.php


Angkor Wat

Angkor Wat é fantástico. Além da arquitetura belíssima com suas torres em forma de flor de lótus, todas as paredes externas possuem lindos desenhos em alto relevo retratando batalhas e lendas.

Naga, a serpente mítica. Tudo em Angkor Wat é espiritual.
Ele vive lotado, mas é tão grande que não vi problema. Tanto que nesse dia Michele Obama estava visitando o templo e quase não nos atrapalhou. Eles só fechavam a parte em que ela estava por alguns minutos e depois liberavam para os "turistas comuns".  Foi até bom, só assim consegui tirar essa foto quase limpa da fachada.

Michele Obama limpou a cena para nossa foto.

Uma das bibliotecas do templo. São várias.

As paredes tem alto relevos que retratam batalhas.




Pub Streat e Churrasco Cambojano

À noite fomos passear pelos mercados noturnos e jantamos na Pub St. Os mercados são mais baratos que em Bangkok e vendem de tudo. A Pub St. estava uma loucura. Jantamos o famoso churrasco cambojano no restaurante Easy Speaking. Ele é feito em uma espécie de mistura de frigideira no centro, onde se põe a carne, e panela na lateral, onde eles colocam um caldo para cozinhar vegetais e macarrão. Escolhemos carnes normais, mas você pode experimentar iguarias como crocodilo, cobra e avestruz. É bom, gostei. O Carlos gostou mais ainda quando soube que a cerveja custava 50 centavos de dólar.



O que era bom ficou melhor!!!! Cerveja a meio dólar?


domingo, 15 de março de 2015

Camboja - Banteay Srei, o Templo das Mulheres



Banteay Srei é conhecido como Templo das Mulheres por seus detalhes delicados e seu tom levemente rosa. É um templo hindu. Fica mais afastado, mas vale a pena a visita. Pequeno frente aos demais, mas riquíssimo em detalhes. Simplesmente deslumbrante!





Detalhes incríveis









Esse quadro, na entrada do templo, faz um paralelo entre os templos de Siem Reap e seus contemporâneos ao redor do mundo.

Achei esse quadro muito interessante




Camboja - Grande Circuito de Angkor



Hoje foi dia de conhecer os templos do grande circuito de Angkor e o Beanteay Srei, fora da cidade. 
No caminho para os templos.
Conhecemos 6 templos no circuito. Nosso guia, embora simpático, não falava um inglês muito claro. Isso prejudicou um pouco, mas deu pra aprender alguma coisa. Talvez seja interessante pesquisar na internet por um guia indicado. Gosto do Trip Advisor para achar esse tipo de serviço.

Dica: Como faz muito calor nessa região, optamos por um carro com ar condicionado para esse passeio que era mais longo. Foi bem mais confortável do que se fosse com um tuktuk.

O primeiro que visitamos foi o Phrea khan. Segundo o guia, tem o mesmo estilo do Ta Phrom, que é mais famoso porque foi locação dos filmes Indiana Jones e Tomb Raider. É plano, o que significa que era frequentado pelo povo. 



Foi um dos maiores que visitamos e também possuía várias apsarás em relevo (espécie de divindades representadas como dançarinas). 

Escondida no meio das ruínas




Aqui as árvores já tomaram várias partes do templo. Não foi apenas a natureza que o destruiu. Guerras e o Khmer Vermelho também contribuíram. Até os vietnamitas vieram se esconder aqui e lutaram com os americanos entre os templos, segundo o guia.






Esse senhorzinho simpático, segundo o guia, era um tipo de religioso que fica nos templos pedindo uma ajuda. Em troca ele te dá uma pulseira de linha e faz uma espécie de benção. Não houve insistência para que contribuíssemos. Se a história é verdade ou não, nunca saberemos. Só sei que ele ficou feliz com o dinheiro e nós com a linda foto e nossa pulseirinha. 


O templo seguinte foi Neak Pean. Fica no meio de um pequeno lago. Cada lado possui uma escultura de animal representando um elemento. O elefante é água, o leão acho que é terra e os outros não me recordo. Simples em relação aos demais.


No templo de Ta Som cada portão trazia no topo quatro faces de Buda, cada uma virada para um ponto cardinal. Segundo o guia, elas significam igualdade, caridade, simplicidade e mais uma característica que não lembro.





East Mebon é um bonito templo com torres em forma de lótus, com elefantes em cada canto e leões no alto das escadas de cada face do templo.





Infelizmente, esta é a única foto que temos.
No caminho para o templo de Banteay Srei, paramos em um restaurante para almoçar. Lugar simples, mas arrumadinho. Provei o famoso Amok, que é uma espécie de caldo com cebola, cenoura e frango. Escolhi a opção que vem dentro de um coco. Mas parece que o tradicional vem na folha de bananeira. O molho é levemente apimentado. Delicioso!

Phre Rup é um templo grande, com torres em forma de flor de lótus e alto. Aqui você pode subir ao 2o andar. Não está muito preservado, mas dizem que o pôr do sol é lindo aqui.



Ta Phrom é um dos mais famosos, pois foi locação para vários filmes de Hollywood. Ele está sendo tomado pelas árvores, que não chegam a destruí-lo e parecem se integrar a ele. É um visual de filme de Indiana Jones mesmo. Muito legal!



Uma coisa interessante que vimos é que vários países “adotaram” templos e financiam a restauração deles. Índia, Japão, Alemanha e França são alguns deles. Olha que legal a foto com um templo totalmente em ruínas e o do lado restaurado.





O templo restaurado
Como amanhã vamos assistir ao nascer do sol em Angkor Wat, resolvemos usar o voucher que ganhamos para jantar no hotel. O jantar estava super gostoso e ainda tinha um show de dança típica bem bonitinho.