sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Provence - Arles e Aix en Provence




Arles

Cidade que fez parte do Império Romano e guarda construções muito bem preservadas dessa época.  O anfiteatro (pequeno coliseu) e o teatro antigo são usados até hoje. Adquirimos o Passport liberté que incluía 4 monumentos + 1 museu. Além do Anfiteatro e do Teatro, visitamos o maravilhoso Claustro de Saint Trophine e o Criptopórtico, uma grande galeria subterrânea que fazia parte do Forum Romano.


Anfiteatro
Anfiteatro
Parte externa do pequeno coliseu
Lembrança dos tempos romanos




O claustro de S. Trophine possui verdadeiras obras de arte em pedra.
Claustro
Criptopórtico
Pelas ruas de Arles
Havia outros monumentos e museus, mas não deu pra ver tudo, pois ainda queríamos visitar outra cidade.

Aix-en-provence

Acho que essa é a cidade que todo mundo lembra quando pensa em Provence. Suas fontes, ruas, bistrôs e cafés são um charme. 
Visitamos o Museu Granet, que tinha uma exposição sobre alguns impressionistas, e passeamos pelas ruas da cidade. Também havia o atelier de Cézanne, um dos filhos mais ilustres da cidade.  Era mais distante e não chegamos a tempo de visitá-lo. Ele foi um dos grandes mestres impressionistas e se recusou a morar em Paris, como era moda na época, passando toda a vida em Aix. Usou como tema muitas paisagens da região. 
Embora bonita e interessante, não achei Aix a que mais representa essa imagem provençal que lemos nos livros de Peter Mayle, pois se trata de uma cidade grande. Mas sem dúvida vale a visita.




Jantar no Le Clos Saint Roch em Maussane. O melhor jantar da viagem. Comida, atendimento e ambiente nota 10. 


Veja também:

Provence - Leia antes de embarcar.

Isle-sur-Sorgue e Gordes.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Provence - Saint Remy e Les Baux de Provence


Saint Remy de Provence

É a típica cidade provençal, pequena, linda, cheia de bistrôs, lojinhas e galerias de arte. 

A cidade é bem bonita, mas é difícil achar vaga.
Dica: deixe o carro no estacionamento localizado no início da cidade, próximo ao centro de informações turísticas.

Sua feira é uma das melhores da região.


Pode-se comer bem la´.
Encontrados em qualquer feira provençal.
Quer mais razões para incluí-la na sua lista? É a cidade natal de Nostradamus, foi moradia de Van Gogh ( os famosos Girassóis foram pintados lá ) e fica ao lado de uma antiga cidade romana. 


Casa de Nostradamus.
Além disso, o sítio arqueológico de Glanun, próximo a Saint Remy, é muito legal. São ruínas de uma grande cidade romana.



Ao lado há o monastério de Saint Paul de Mausole, onde Van Gogh ficou internado após ter uma crise nervosa e cortar a própria orelha. Os arredores do lugar eram tão bonitos que este foi um dos períodos mais produtivos de sua vida.  

Quadro informativo onde Van Gogh pintou seus quadros na região.
Ao fundo, o Monastério.
Cidade de Les Baux de Provence
Se Saint Remy é atípica cidade provençal, Baux é a mais bonita. Também está na lista das Les Beaux Villages. Encarapitada no alto de um rochedo, guarda as ruínas de um castelo medieval de onde se tem uma vista espetacular. A cidade é uma graça, não pode ficar fora do seu roteiro.


O caminho até o castelo é uma volta ao passado.
Vista maravilhosa.


Ao lado da cidade uma atração imperdível é a Carrières de Lumières. Em uma enorme galeria no interior de uma pedreira desativada, acontece um fantástico espetáculo de luz e som.  Uma sucessão de imagens colossais de obras de arte, cidades, paisagens e fotos são reproduzidas em paredões de pedra de 12m de altura seguidas de uma trilha sonora que envolve o visitante em um universo particular. Você caminha pela galeria entre as imagens e pode ficar o tempo que quiser. Vimos uma exibição chamada Klimt e Viena. Eles reproduziram a Ópera de Viena, a própria cidade e algumas obras do artista. Cada ano eles escolhem um tema diferente e um espetáculo totalmente novo é apresentado. Realmente espetacular.






Aqui é para ter uma idéia de como é sem a iluminação.

Jantar: No Le Fleur em Maussane. Ambiente, atendimento, comida, tudo muito bom e com um menu a preço razoável. 

Veja também:

Avignon.

Arles e Aix-en-Provence.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Annecy - caminho para os Alpes




Após dias maravilhosos na Provence, seguimos rumo aos Alpes franceses. Fizemos um pitstop em Annecy, onde entregamos o carro e pegamos o trem para Chamonix. Foram 4h de viagem degustando as iguarias provençais da última feira.

Annecy



Só tínhamos uma hora para conhecer a cidade, tempo suficiente para nos encantarmos. 


Ela tem um grande lago de águas transparentes cercado por convidativos gramados e emoldurado ao fundo pelos Alpes. 


Lago Annecy
Parques limpos e bem cuidados.
Acrescente a isso um lindo centro histórico medieval, com direito a castelo e tudo, cortado pelo Canal Thiou. Tudo muito verde e florido. Apaixonante! Só sinto não ter tido tempo de passar uma ou duas noites por lá. 

Flores por todo lado.
Charmosos restaurantes
A cidade ainda conserva seu lado medieval.
Repara onde fica o banheiro da casa.

Dica: se você for seguir viagem de trem e só for visitar Annecy de passagem, tente alugar o carro na Hertz, pois seu escritório fica bem perto da estaçāo ferroviária e em frente tem um estacionamento subterrâneo pago. Deixamos o carro no estacionamento com as malas e caminhamos em direção ao Lago de Annecy. Contornamos o lago até o rio que corta a parte antiga da cidade e voltamos por lá para pegar o carro. A saída do estacionamento fica em frente a Hertz. Entregamos o carro, atravessamos uma praça e já estávamos na ferroviária. Mas repito, se puder, passe ao menos uma noite em Annecy. A cidadezinha é uma graça.

A viagem para Chamonix levou 2h18 com uma conexão em Saint Gervais Les Bains. 

Dica: Annecy pode servir de base para um bate e volta até Chamonix. Há trem e ônibus, mas o melhor é alugar um carro. O trajeto leva em torno de 1h.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Deserto do Atacama - Leia antes de embarcar



Quando ir: as estações regulam com as nossas. O inverno é muito frio. Embora no verão o calor seja um problema, a cidade fica mais animada segundo os guias. Por outro lado, os preços também aumentam. Primavera e Outono têm temperaturas mais amenas, acho que deve ser a melhor época.   Bom, ao menos na teoria, pois este ano nevou no fim de maio. Segundo o pessoal de lá são reflexos das mudanças climáticas do planeta.

Quantos dias: ficamos seis noites e deu para fazer os principais passeios com calma. Com 5 noites também dá pra fazer, só que um pouquinho mais corrido.


Como chegar: O aeroporto mais próximo fica em Calama. Não há voo direto do Brasil. A melhor opção é fazer uma escala em Santiago (capital do Chile). A Lan e a Tam voam de São Paulo e Rio para Santiago. Já a Gol e a Sky Airline só saem de São Paulo. O trecho Santiago-Calama é operado pela Lan e pela Sky Airline.


Transfer para San Pedro do Atacama: Licancabur. Reservamos pela internet (http://www.sanpedroatacama.com/ingles/ot-transfer.htm), mas acho que nem era necessário. O quiosque da empresa fica dentro da área de desembarque, ao lado da porta de saída. Ida e volta tem desconto. Ida:13.000 e Ida e volta:22.000 pesos.
Também há ônibus e transfers privados. Nos sites indicados abaixo há mais informações.




Onde ficar: A base para visitar o Atacama é a vila de San Pedro do Atacama, que consiste basicamente em uma dúzia de ruazinhas de terra que se cortam. A principal é a Calle Caracoles.


Há pousadas, hostels e pequenos hotéis na vila. Já as hospedagens mais luxuosas, como o Tierra Atacama, ficam mais distantes. Após muito pesquisar escolhemos o hotel Pascual Andino (www.pascualandino.com), localizado em uma rua paralela a Caracoles. Simples, com quartos amplos e confortáveis, bom café da manhã, localização excelente. Bom custo-benefício. No início sentimos muito frio no quarto, mas o gerente, que durante toda nossa estadia foi extremamente simpático, aumentou a temperatura da calefação quando pedimos e nos disponibilizou um aquecedor portátil. Tem uma mercearia perto onde vende água, cervejas e belisquetes. Outra boa opção em San Pedro é o Terrantai Lodge (www.terrantai.com/pt-pt/), primeiro hotel-boutique da vila. Se estiver dentro do seu orçamento, vale o investimento.
Obs: A maioria dos hotéis em San Pedro não possui TV e só os mais caros têm piscina. Sinceramente não senti falta. Não ficávamos muito tempo no hotel. Até mesmo o café da manhã é desnecessário, pois os passeios pela manhã o incluem (em 6 dias só tomamos café no hotel 2 vezes). Então, se você quer só curtir as belezas naturais do Atacama, fique em um hotel simples em San Pedro. Agora, se você também quer curtir o hotel vai achar ótimas opções, só que, em regra, mais distantes e com preços bem salgados.

O que fazer: há vários passeios feitos com agências locais. Os principais são: Vale da Lua; Lagunas Antiplânicas e Salar do Atacama; Lagoa Cejar ; Géiseres del Tatio e Salar de Tara. O Tour Astronômico, de preferência com a agência Obs Space (www.spaceobs.com), também é imperdível.
Pesquisei algumas agências e a diferença de preço é grande. A Grado 10 é a mais famosa e mais cara também. Só para se ter uma ideia, nos 5 passeios principais a diferença entre ela e a que contratei era de US$100,00. Claro que deve ser melhor, mas cobra bem por isso. Acabei reservando tudo com a Inca North (www.incanorth.cl), com quem já tinha me comunicado. Confesso que me assustei com a aparência da agência (uma salinha pequena, empoeirada, com uma mesa e dois bancos de plástico), mas como não queria perder tempo e eles foram muito atenciosos nos emails, resolvemos fechar com eles e deu tudo certo, salvo um atraso habitual de 15 a 20 min. O pacote com todos os passeios saiu por 115.000 pesos. O tour ao Salar de Tara é feito pelo Jorge, dono da agência, e foi realmente um diferencial. Conto em detalhes no próximo post. Os outros passeios mais vendidos são para o Vale do Arco-íris e Termas de Puritana. Além desses, há tours mais radicais como escalar o vulcão Licancabur. Ou você pode esticar a viagem até a Bolívia passando pelo Salar de Uyuni, que dizem ter paisagens mais bonitas que no Atacama (Será?).  Há várias agências em San Pedro que vendem esse pacote. Também é possível alugar uma bicicleta e fazer umas das trilhas próximas.No Centro de Informações Turísticas eles te fornecem um mapa. Ou seja, são várias possibilidades ao gosto do freguês. 
Dica: Em San Pedro há dezenas de agências. Segundo me informaram, elas formam uma associação e quando não há muitas reservas para um tour, fazem uma espécie de intercâmbio de clientes. No meu caso, por exemplo, contratei a Inca North, mas fiz passeio com a Layana, a Viva Atacama e a Atacama Extreme. Fora os atrasos e uma guia menos simpática (da Layana), não tenho reclamações. Os passeios foram ótimos. Então, não se assuste com a aparência da agência e nem com essa troca de serviços. Agora, sempre pesquise na internet sobre a empresa antes de contratar, principalmente acerca dos comentários de quem já foi.

Alimentação: San Pedro é uma vila bem pequena e a rua principal é a Caracoles. A maior parte dos restaurantes estão ali, mas nas transversais você pode encontrar opções mais em conta. A maioria possui um menu diário que inclui entrada, prato principal e sobremesa. O valor variava entre 5.000 e 9.000 pesos. Não há problema em pedir para dividir a refeição, embora os pratos geralmente sejam para apenas uma pessoa. Tudo vai depender da sua fome.

Restaurantes:

El Tornedor : As mesas ficam ao ar livre. Almoçamos uma pizza, mas eles têm outras opções. Gostamos da comida e do atendimento.

Blanco: Ambiente agradável e atendimento bom. Almoçamos uma salada super gostosa e bem servida. No último dia jantamos lá, mas já não achamos a comida tão boa. Comemos um tartar de salmão e um risoto de quinua com camarão. Além disso as bebidas foram bem caras. Mas acho que vale pelo estilo do restaurante, principalmente se você estiver acompanhado(a).

Terra Natural: Pelo conjunto foi o que mais gostamos. Tanto que voltamos duas vezes. Um dia comemos peixe e no outro carne. Comida saborosa,  atendimento  bom e preço justo. Recomendo.

Adobe: esse restaurante é bem recomendado no Trip Advisor. O ambiente é mais animado e vive cheio. Comida boa e atendimento ok. Mais caro que a maioria. Vale pra ver o movimento.

Ckunna (rua Tocopilla, 359):  indicado por um guia, o Paulo. Ambiente agradável e bom atendimento. Comemos um salmão e uma salada muito gostosos.



Compras: existem várias lojinhas na cidade, a maioria vendendo artigos de artesanato. Perto da igreja tem um beco que abriga uma feirinha de artesanato (fotos). Não vi muita diferença de preço. Achei interessante os artigos de pele de lhama. Há poucas lojas que vendem roupa de frio ou para trilha. Os preços são melhores do que no Brasil, mas não achei nenhuma pechincha. Por causa do frio, acabamos comprando um casaco da Columbia. Chato que ele entrou em promoção 3 dias depois (perdi 80 reais). Mas ele aguentou tão bem o frio durante os passeios, que nem fiquei muito chateada. A melhor dica é tentar comprar em Santiago essas coisas, onde a quantidade de lojas desse tipo é enorme, especialmente no Shopping Costa Negra. Se você tiver tempo, há um outlet especializado em roupa de frio fora do centro da cidade.

Dicas práticas:

Roupa: leve basicamente roupa de trilha. O sapato pode ser uma bota própria para trilha ou um tênis confortável. O melhor é um sapato de couro, porque há muita poeira em todos os lugares. Quem não tiver esse tipo de roupa pode usar uma calça jeans, bermuda ou short. No inverno é muito frio, então leve segunda pele, uma blusa de fleece ou lã e um casaco mais pesado que seja também corta vento para usar por cima. Luva, cachecol, gorro,... leve tudo que você tiver de frio, pois há lugares em que a temperatura chega a ser negativa. Outono e Primavera não são tão frios, mas ainda acho necessário um casaco mais pesado, bem quentinho. Os outros acessórios dependem se você é uma pessoal friorenta ou não. No verão os dias são quentes e as noites frescas. Acho que um casaco mais leve já será suficiente. Não esqueça do biquíni ou sunga se você quiser mergulhar nos passeios que permitem isso. Boné e óculos de sol também são fundamentais em qualquer época. Mas a principal dica aqui é sempre ver a previsão do tempo dias antes da viagem, assim você não é pego de surpresa com nenhuma alteração climática de última hora.
E aqui vai um conselho especialmente para as meninas. Sei que a gente morre de vontade de colocar aquele casaco chiquérrimo, que no Brasil só dá pra usar no sul durante o inverno, e aquela bota linda de salto. O Atacama não é o melhor lugar pra isso. Sabe aquelas vilinhas no Nordeste com rua de terra e clima despojado? San Pedro seria a versão Adventure disso. Explico: ao invés das pessoas usarem chinelo e roupa de praia, elas usam botas e roupas de trilha, no máximo uma calça jeans. As ruas são empoeiradas e o chão irregular. Não dá pra andar muito arrumadinho por lá. Mas não fiquem tristes! Na ida ou na volta fiquem uns dias em Santiago, onde esse look vai cair super bem.


Dinheiro: Há um caixa eletrônico na vila, mas como li que frequentemente ele ficava sem dinheiro, resolvi levar dólar para trocar. Também é possível trocar real com uma boa cotação. Há várias casas de cambio na própria vila. A rua Toconão concentra a maior parte delas. A variação da taxa de conversão é muito pequena entre elas.  Alguns lugares aceitam dólar, especialmente hotéis e agências de turismo. Mas sempre é bom perguntar antes de ir, pois você poderá se planejar melhor.

Cuidados com a altitude: em alguns passeios a altitude passa dos 4500m. Isso exige uma adaptação do seu organismo. Os efeitos variam de pessoa para pessoa. No meu caso, na volta do passeio as Gêiseres del Tatio comecei a sentir dor de cabeça que perdurou a tarde inteira. O Carlos sentiu menos. Quando fui ao Vale Nevado, em Santiago, também senti um pouco de enjoo e falta de ar. Aqui o Carlos sentiu mais os efeitos do que eu. Então, acho que vale a pena seguir as dicas de tomar muita água e evitar comer coisas pesadas e bebidas alcoólicas na véspera dos passeios aos lugares mais altos. Na hora de agendar os passeios, coloque os Gêiseres del Tatio e o Salar de Tara para os últimos dias, pois são os lugares de maior altitude e assim você já estará mais acostumado com isso, já que San Pedro está a 2400m.  

Últimas dicas: filtro solar sempre! Mesmo no inverno o sol é forte. O ar é muito seco, por isso vale a pena levar colírio, solução para hidratação nasal, algo para os lábios e creme hidratante. E não esqueça de levar água para todos os passeios. Na maioria dos lugares não há onde comprar.

Quer saber mais? Acesse os outros posts

Salar de Tara

Salar do Atacama, Lagunas Chaxa e Tebenquiche.