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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Indonésia - dicas e roteiros dia a dia






Como chegar: não tem voo direto do Brasil. O voo mais rápido é pela Emirates com escala em Dubai. Mesmo assim é um dia de viagem. Pegamos esse voo e foi muito cansativo. Por isso uma parada de um ou dois dias no meio do caminho é uma boa. Pesquise em sites como o Skyscanner para ver as empresas que fazem o trajeto.



Visto: brasileiro não precisa de visto de turismo para viagens até 30 dias.


Quando ir: a alta temporada é em julho, agosto e dezembro, quando tudo fica mais cheio e caro. A baixa temporada acontece de janeiro a abril e em outubro e novembro, época das chuvas. Mas em Bali a chuva é espalhada ao longo do ano, sendo um destino bom para ir a qualquer época. As demais ilhas sofrem com as tempestades.


Quantos dias: depende do que você quer ver e do tempo disponível. A Indonésia é um arquipélago com mais de 1000 ilhas. As principais são:
Java - onde fica a capital do país, Jakarta. Mas o que vale conhecer são os templos na cidade de Yogyakarta.
Bali – essa é a ilha que todo mundo quer conhecer, seja pelos templos ou pelas praias.
Lombok - mais conhecida por quem gosta de mergulho e hiking.
Além dessas, as ilhas Gili, com praias cinematográficas, e Komodo, casa do dragão de mesmo nome, também valem a pena.


No final coloquei algumas opções de roteiro.

Dinheiro: eles usam a Rupia e o dólar é a melhor moeda para troca. A maior parte dos lugares só aceita a moeda local. Cuidado com as notas, porque a desvalorização da moeda deles faz com que tudo custe algumas 1000Rp. Isso quer dizer que por uma cerveja, por exemplo, você vai pagar 30.000Rp (US$2). Uma refeição para 2 pessoas em restaurantes medianos a caros gira em torno de 200.000Rp a 500.000Rp (US$14 a US$35). Essa quantidade de zeros faz com que seja fácil te enganarem na hora de trocar moeda. E infelizmente há muitos relatos disso. A dica é evitar lojas de câmbio escondidas ou com taxa de conversão muito elevada em relação à média. E não esqueça de contar o dinheiro na frente do atendente.

Como se locomover:

Do aeroporto para o hotel: você pode contratar um transfer ou pegar um táxi. Mas procure o oficial. Em Bali é o Blue Bird. Não caia na armadilha de contratar com as pessoas que ficam te oferecendo táxi no saguão do aeroporto.

Pelas ilhas:

Moto – é a opção da maioria dos turistas. A vantagem é o preço e a liberdade de ir para qualquer lugar. As estradas são razoáveis, embora nem sempre sinalizadas. O que você precisa ter em mente se decidir alugar uma é que eles usam a mão inglesa (direção do lado direito) e que o trânsito lá não é para amadores. Tem muita moto na rua. Se você está acostumado a dirigir moto, essa é a melhor pedida.



Contratar um guia/motorista - Preferimos essa opção. Nosso guia cobrou 700.000Rp o tour de dia inteiro e 400.000Rp o de meio dia. As entradas e refeições não estavam incluídas. Visitamos tudo em uma van com ar condicionado e sem nos preocupar com mais nada. Ainda tivemos as dicas do Roby. Nosso guia era uma figura. Muito simpático e prestativo. Fala inglês e está aprendendo português. Vi a indicação no site do Cumbicão que viu na Drieverywhere. Segue o contato: Whatsapp:+6282146846065/Instagram:@roby_balivacation

Empresas de turismos - na internet há várias empresas que fazem os passeios. Dica: Antes de contratar, procure resenhas de quem já usou os serviços da empresa em sites como Trip Advisor e Mochileiros.com.

Ônibus: O transporte público não funciona muito bem por lá. Para circular pelas praias do sul ou ir até Ubud você tem a opção dos ônibus da Kura Kura, que funciona tipo um hop on hop off. Você pode adquirir a passagem para um destino ou um passe de dia inteiro. Ele possui várias rotas. Mais informações você encontra no site: http://kura2bus.com/



Roteiros

Nosso roteiro de 16 dias ficou assim:
  • Bali – 8 noites (4 em Ubud e 4 em Seminyak).
  • Ilhas Gili - 4 noites.
  • Komodo - 3 noites.
Com mais tempo, teríamos ficado mais 2 noites em Bali, para visitar a ilha de Nusa Penida. Também gostaria de ter ido a Yogyarta, em Java, para visitar os templos de Borobudur e de Prambanan, declarados Patrimônio da Humanidade.
Ou seja, calcule de 5 a 20 dias de acordo com a sua viagem. Seguem algumas sugestões de roteiros dia a dia.

5 dias – Bali Express
Templo Tirta Empul
1º dia – Ubud
Tente chegar cedo para visitar os principais pontos turísticos: Monkey Forest, Ubud Palácio, Pura Taman Saraswati (templo da flor de Lótus) e Ubud Market.

2º dia – arredores de Ubud
Manhã
Tirta Empul Temple, o templo das águas sagradas; Pura Gunung Kawi, um antigo monumento formado por 10 memoriais esculpidos na rocha que fica próximo ao Tirta, e o terraço de arroz Tagalalang (ótimo para fotos).  Almoço em um restaurante com vista para o Tagalalang ou no ótimo Balinese Home Cooking, restaurante de comida típica nos arredores de Ubud.
Tarde
Opção 1: Alugar bikes para ir ao Templo Goa Gajah, conhecido pelo portal de entrada que lembra a boca de um demônio, e se der tempo a Yeh Pulu, sítio histórico com figuras esculpidas na face de uma colina.
Opção 2: Fazer a caminhada pela trilha Campuhan Ridge Walk, na área rural da cidade.
Opção 3: Visitar um dos museus de Ubud.

3º dia – escolha se hospedar em uma das seguintes praias: Kuta, Double Six ou Semyniak. Todas elas pertencem a mesma faixa de areia que se estende do Aeroporto até Canggu, mas cada uma tem características próprias. O famoso point de surf, Kuta, é a mais popular; Double Six é onde a galera vai curtir o pôr do sol naqueles bares de praia com almofadões coloridos; e Seminyak é a mais sofisticada, onde está o famoso beach club Ku De Ta e outros bares e lojas cheios de estilo.


Fim de tarde no Ku De Ta. Imperdível.

Aproveite o resto dia para conhecer as praias da região. O pôr do sol é um espetáculo. À noite tome um drink no LaFavela. A decoração pitoresca foi inspirada nas favelas do Rio de Janeiro.

4º dia – Visite as praias mais distantes ao sul, como Padang Beach e a icônica Uluwata.

Termine o passeio vendo o pôr do sol no Templo de Uluwatu e fique para o show de dança Kekak que acontece todas as tardes no lugar. 

Na volta você pode parar na praia de Jimbaram para jantar. A especialidade é o churrasco de frutos do mar. Na maioria dos restaurantes você escolhe o pescado e paga por quilo. Negocie antes de fechar.

5º dia – se tiver tempo antes de pegar seu voo de partida, visite o lindo Templo Tanah Lot, que fica no alto de uma pedra na beira do mar. Um dos mais fotogênicos de toda a ilha.

7 dias – o melhor de Bali

Use o roteiro de 5 dias e inclua mais uma noite em cada lugar.

Terraço de arroz de Jatiluwih
Em Ubud, sugiro usar o dia para visitar os terraços de arroz de Jatiluwih, os maiores de Bali e patrimônio da Humanidade, o Templo Ulun Danu Bratan, aquele que fica no meio de um lago e estampa a nota de 50.000Rp; e o Pura Luhur Batukaru, que é um lindo templo cercado pela floresta e com poucos turistas.
Na região de praias, você pode fazer o tour de um dia para Nusa Penida, uma pequena ilha ao sul de Bali com penhascos a beira mar e vistas de tirar o fôlego. Ela tem algumas praias paradisíacas e também é procurada para mergulho. Você pode contratar um tour de dia inteiro ou pegar um barco rápido no porto de Sanur até Nusa Lembongan (menos de 1h) e de lá outro para Nusa Penida (20min). Na ilha, pode alugar um carro ou moto. Outra alternativa é aproveitar o dia extra para curtir a praia.

15 dias – Bali e outras ilhas
Ilhas Gilli
Use o roteiro de 7 dias para Bali e visite outras ilhas da Indonésia nos demais dias. Para quem quiser curtir praias paradisíacas, as ilhas Gili não podem faltar no roteiro. 

São três pequenas ilhas próximas a Lombok com mar ora azul ora verde esmeralda e água transparente. 

Ora ela é verde...


Ora é azul.
Não é à toa que são chamadas de pequenas Maldivas.
Outra parada pode ser em Java, onde fica a capital, Jakarta. Mas sua base deve ser em Yogyarta, para visitar os belíssimos templos de Borobudur e de Prambanan, declarados Patrimônio da Humanidade. Para quem tem perfil aventureiro ou curte mergulho, sugiro uma visita à ilha de Komodo (casa do famoso dragão de Komodo) e arredores. Na verdade são várias ilhas para se visitar na região. O aeroporto mais próximo fica na ilha de Flores, que serve de base para os passeios de barco. 

Ela é muito procurada por mergulhadores. Você pode alugar um barco pequeno para passeios de dia inteiro ou embarcar em grandes veleiros para pequenos cruzeiros de 2 a 3 noites. 

Tudo é muito rústico, por isso é preciso gostar de uma aventura para curtir o passeio. Mas vale a pena, você visita lugares únicos.

20 dias – Indonésia slow travel

Coloque no mínimo 10 dias em Bali. Faça tudo com calma, curta passeios de bicicleta entre os campos de arroz, faça aula de culinária, yoga ou surf, visite os museus, aproveite as praias sem pressa, suba o Monte Batur para ver o nascer do sol, visite as vilas que produzem artesanato ao redor de Ubud, enfim, faça um roteiro na medida dos seus gostos e interesses. Depois, rume para as ilhas. Para quem goste de praia, não deixe de conhecer as ilhas Gili. Para hiking e mergulho, Lombok pode ser outra parada. Uma passada em Yogyarta completa bem o roteiro.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Ilhas Gili



Alguns as chamam de pequenas Maldivas. Pelo título já dá pra imaginar a beleza desse lugar. São três pequenas ilhas banhadas por um mar azul turquesa de águas transparentes. A vida marinha é riquíssima. Basta um snorkel para apreciar peixes e tartarugas a poucos metros da praia. Ao fim do dia todo mundo para pra assistir ao pôr do sol.


Um espetáculo pra guardar na retina. Se você procura uma praia paradisíaca na Indonésia não deixe de incluir as ilhas Gilis no seu roteiro.

Como chegar: a única opção é por mar. Os barcos rápidos são o melhor transporte. Há 4 portos em Bali: Padang Bai (2h30 de viagem), mais próximo de Ubud; Amed, ao norte; Sanur e Benoa, ambos perto das praias do sul. A diferença está no tempo de travessia. Veja os horários no site: https://www.directferries.pt/


Escolher bem a companhia de barco é importante. Verifique as resenhas na internet e o quê o barco oferece. As mais conceituadas no Trip Advisor são também as mais caras. Achamos que a Patagônia Express oferecia o melhor custo-benefício. O barco era novo, maior que os outros e tem ar condicionado (a maioria não tem).



Pagamos 560.000Rp por pessoa no bilhete de ida e volta com o transfer para Ubud incluído (todas trabalham assim).
O embarque e o desembarque eram organizados e a viagem foi confortável. 



Comparando com as outras que vimos no porto achei que fizemos a melhor escolha.

Dica: os barcos ficam sujeitos às condições climáticas, por isso não é aconselhável voltar de Gili no mesmo dia de um voo, principalmente se for internacional. O risco de perder o voo é considerável e a remarcação custa caro.

Locomoção:

Entre as ilhas: há barcos saindo o dia inteiro em horários pré-determinados. Informe-se no porto.

Nas ilhas: bicicleta, carroça (útil para carregar as malas) ou a pé.


Onde ficar:

Essa foi uma dúvida cruel. Em qual Gili ficar? Depende do quanto de agitação você procura.

Muita – seu lugar é Gili Trawangan. 


A ilha é famosa pelo clima festeiro, mas há partes da ilha mais tranquilas. Dá pra cair na noitada um dia e curtir um restaurante tranquilo em outro. 
Ficaria nessa Gili se voltasse.

Alguma agitação – você vai se sentir bem em Gili Air. 


Há bares e restaurantes em pontos específicos da ilha, mas nada fica aberto até muito tarde. Talvez na alta temporada seja mais animado. Ficamos aqui.

Paz e sossego – Gili Meno é a escolha certa. Praias lindas com hospedagens mais simples (não por muito tempo, pois há um resort em construção). Existem poucos restaurantes e a ilha dorme cedo. Muito procurada por famílias e casais em lua de mel.

Gili Trawangan

Gili T, para os íntimos, é a maior ilha do trio e a mais desenvolvida. Só passamos o dia nela. Estávamos hospedados em Gili Air. Pegamos o barco às 9h40. A viagem leva 20min.


Dica: Os barcos que fazem o trajeto entre as ilhas saem do porto em intervalos regulares. Veja a grade de horários na véspera para se programar.


Nosso objetivo era dar a volta na ilha e depois curtir o resto do dia em um dos clubes de praia perto do porto. 
Há duas formas de conhecer a ilha: alugando uma bicicleta (30min) ou caminhando (1h30). Alguns comentários na internet não aconselhavam o uso da bicicleta por causa do excesso de pessoas na via e dos trechos de areia fofa. Quando você desembarca vê uma multidão circulando pela região próxima ao porto. Por isso, achamos melhor fazer o caminho a pé mesmo. Foi um grande erro. Quando nos afastamos um pouco a estrada ficou vazia e os trechos de areia são curtos. Além disso, o outro lado da ilha não é bom para banho e fica deserto durante o dia. Só começa a ganhar vida no fim da tarde, quando todo mundo se reúne para ver o pôr do sol. Para completar, a maior parte do tempo você vai caminhar sob o sol. Conclusão: na metade do percurso já estávamos cansados e nem tinha onde parar pra beber alguma coisa, pois tudo ainda estava fechado. O que era pra ser um passeio agradável virou uma prova de esforço. Então, não tenha dúvida. Desembarcou em Gili T, alugue uma bicicleta.
O lado leste da ilha, onde você vai desembarcar, tem as melhores praias pra tomar banho e fazer snorkeling a partir da areia. Você não precisa andar muito pra ver peixes e tartarugas. O equipamento pode ser alugado em lojas ou barracas na beira da praia mesmo. 



Desembarcando você vai ver o centro da ilha na sua frente. 
Seguindo para o lado direito estão os melhores pontos para mergulho. Dá pra passar o dia em um dos restaurantes desse trecho. Eles alugam cadeiras e guarda-sol. 
Para a esquerda ficam os clubes de praia mais famosos: Ko-ko-mo resort e Pearl Beach Lounge. Funcionam com consumação mínima e cobram a cadeira e o guarda-sol. Chegamos no meio da tarde. O Ko-ko-mo não alugava cadeiras para não-hóspedes naquele horário. Infelizmente não fomos bem atendidos no Pearl Beach. Nos indicaram as cadeiras para sentar, mas não foram nos atender. Esperamos um pouco e desistimos.


Almoçamos no Scallywags Resort, que fica perto dos outros dois. Atendimento ótimo, lugar agradável e comida gostosa.
Lembrando que esses lugares que funcionam como clubes de praia são mais caros que a média de preços local. Você encontra opções com custo-benefício melhor em outros pontos da ilha. 
O lado oeste da ilha é cercado por pedras. Não é bom para banho, mas em compensação tem o melhor pôr-do-sol da região. É lá que ficam os balanços sob o mar, onde todo mundo faz questão de tirar uma foto.
Gostaríamos de ter ido: ver os restos de uma base de armamento japonesa da 2ªGM no alto da colina no sudoeste da ilha. Dizem que a vista é bonita.

Gilli Air



Tem praias lindas, bons restaurantes e um centrinho simpático.


No Centro você vai encontrar mercadinho, farmácia, casa de câmbio e venda de passagens e passeios.


As melhores praias estão do lado leste da ilha, que é aonde você desembarca. Aqui o fundo do mar é de areia. Nos outros pontos da ilha há muitas pedras. 
Já para ver o pôr-do-sol você deve ir para o outro lado de Gili Air.


A melhor forma de dar a volta na Ilha é de bicicleta. Geralmente o próprio hotel empresta ou providencia para você. Se não for o caso, você pode alugar na vila.
Também é na vila que você pode contratar os passeios de barco. Nós fizemos um que passava por Gili T e Gili Meno. O material para fazer snorkel está incluído. Valeu a pena, vimos tartarugas e muitos peixes. A única reclamação seria sobre o almoço em Gili Meno. O restaurante indicado era caro e a comida mediana. Mas isso não prejudicou o passeio.
Para quem gosta de gastronomia, há uma pequena escola no início da vila que oferece aulas de culinária.
Outra atividade muito procurada nas Gilis é o mergulho com cilindro. Há várias escolas que oferecem desde o batismo, que é o mergulho com auxílio de um instrutor para quem não tem credencial, até o curso completo para quem quiser se tornar mergulhador licenciado.

Nosso hotel: Atoll Haven
Nas praias da Indonésia a hospedagem em hotéis com estrutura de vilas é muito comum. O Atoll Haven é uma vila super charmosa. Os quartos são grandes e com piscina privativa. Um diferencial bacana é o filtro de água no quarto,  já que se trata de artigo caro na ilha. E o Carlos adorou o frigobar sempre bem abastecido de cerveja. Ele disponibilizam bicicletas para os hóspedes gratuitamente, o que ajuda bastante na locomoção pela ilha. A localização é boa, próxima à praia e restaurantes. O Centro ficava um pouco distante, uns 15 minutos de bicicleta. Mas sem dúvida o ponto forte são os funcionários. Pessoal simpático e prestativo. Serviço nota 10.

Gili Meno

Estava nos planos passar o dia na ilha, mas preferimos pegar um passeio de barco que visitava vários pontos de mergulho incluindo Gili Meno. Mas é super viável pegar o barco que faz o transporte entre as ilhas e conhecê-la por conta própria. Em menos de 2hs você contorna a ilha caminhando. Pela estrutura mais rústica, acho que não tem a opção de usar bicicleta. Não vi ninguém sugerindo isso quando pesquisei. As melhores praias para mergulho e snorkel estão na parte sudeste que tem boa faixa de areia e mar calmo.


Uma atração que eu fazia questão de ver era a escultura subaquática chamada Nest, que fica na praia do resort Bask. Trata-se de uma obra de arte submersa formada por um círculo de pessoas em tamanho real. Esse trabalho já foi feito em diversos lugares e o objetivo é que ele se transforme em um coral com rica vida marinha. Pode-se chegar na escultura a partir da praia e mergulhar com snorkel. 


Nós fomos com o tour e mergulhamos do barco. Mas ela não fica em uma parte muito funda do mar. É bem tranquilo para ir a partir da praia.


Outro programa bacana que não fizemos foi visitar o berçário de tartarugas que fica no Turtle Sanctuary (9h às 18h).
Almoçamos em um restaurante indicado pelo pessoal do passeio. Nem lembro o nome, mas fica na beira da praia e era bem rústico. Achei caro e a comida não estava muito boa. Por isso sugiro dar uma pesquisada na internet para escolher um restaurante bem avaliado.


terça-feira, 9 de julho de 2019

Delta do Parnaíba e Barra Grande - Roteiro de 7 dias

O Delta do Parnaíba e Barra Grande fazem parte da Rota das Emoções, um roteiro que vai dos Lençóis Maranhenses até Jericoacoara. Fizemos a parte da Rota que vai de Parnaíba a Jericoacoara. O passeio ao Delta do Parnaíba foi incrível e a vila de Barra Grande é um charme. Uma das coisas que nos encantou foi o fato de o turismo de massa não ter chegado na região, como está acontecendo em Jeri. Estivemos lá há 13 anos e achamos tudo diferente. Embora continue sendo um lugar belíssimo, ela perdeu muito do seu charme de vilinha rústica. Encontramos esse clima em Barra Grande.


Quando ir: A alta temporada vai da 2a quinzena de junho até a 1a quinzena de dez. O tempo fica firme e os ventos perfeitos para a prática de kitesurf. O turista nacional aproveita as férias de julho e feriados. De agosto até o fim da alta temporada a cidade é frequentada por europeus. No resto do ano o tempo fica instável e pode chover a qualquer hora. Mas não costuma chover o dia todo. 
Viajamos na baixa temporada. O problema é que Barra Grande fica vazia. A maior parte dos bares e restaurantes funciona, mas você não vai ver aquele céu colorido pelas velas dos praticantes de kitesurf e a vila fica deserta à noite. Além disso, o mar fica mais escuro e com algas. Em compensação, os preços de hospedagem caem pela metade. Minha dica para quem fizer o roteiro na baixa temporada é que tente encaixar Barra Grande no fim de semana, quando há mais movimento.


Como chegar: a única companhia que voa para o pequeno aeroporto de Parnaíba é a Azul e só tem voo aos sábados. Ele chega às 14h35 e parte às 15h05. Os aeroportos de Jericoacoara (3h) e de Teresina (5h) são os mais próximos com voos regulares de outras empresas.


Locomoção: embora haja linhas de ônibus em Parnaíba, os horários não são regulares. Para visitar as praias pode ser uma opção, mas não aconselho ir para Barra Grande, pois a viagem de 1h é feita em ônibus comum. O melhor é usar táxi ou alugar um carro. Há lojas da Hertz e da Localiza em Parnaíba. O problema é que elas fecham no sábado ao meio-dia e só retornam na segunda. Ou seja, você terá que pegar o carro na segunda e entregar no sábado bem antes do horário do voo.
Uma boa opção para quem viaja sozinha ou em dupla é usar o serviço compartilhado da empresa Rota Combo, que funciona entre as cidades da Rota das Emoções. Ela oferece transfer desde os Lençóis Maranhenses até Jericoacoara em dias alternados. Ou seja, você precisa planejar o deslocamento de ida e volta nos dias de transfer. Eles colocam todas as informações no site e a reserva pode ser feita online.
Você também pode contratar um transporte privativo. A partir de 3 pessoas já vale a pena.
Preços de transfer entre Parnaíba e Barra Grande:
Veículo privativo: R$180,00 o carro para até 5 pessoas.
Veículo compartilhado (Rota Combo): R$65,00 por pessoa.
*Preços de maio/2019

Onde ficar: em Parnaíba aconselho ficar próximo ao Centro, pois a região das praias é distante do local de início do passeio ao Delta e não tem vida noturna. Se você fizer questão de se hospedar na praia, procure um hotel na vila de Coqueiro. Ficamos no hotel-boutique Casa de Santo Antônio, no centro de Parnaíba. Lindo, confortável e com atendimento impecável. Foi o melhor hotel da viagem. A vila de Barra Grande é pequena e está repleta de pousadas no estilo rústico-chique. Todas ficam a uma pequena distância da praia e da rua principal. Se você quiser vista para o mar e ótima estrutura, uma boa opção é a BGK. Eles têm a própria escola de kitesurf e um bar de praia excelente. Também gostei do La Plage, na rua principal. Ele foi construído em estilo grego. Tem quartos amplos, piscina e um rooftop com vista para a praia que costuma abrir para não hóspedes nos fins de semana. Ficamos na La Cozinha, que também recomendo. É menor e muito aconchegante. Você se hospeda em confortáveis cabanas espalhadas pelo jardim. Tem piscina e um dos melhores restaurantes da vila. No fim do post falo detalhadamente da nossa experiência nos dois hotéis.

Casa de Santo Antônio

La Cozinha
Alimentação: Peixe, camarão, caranguejo e mariscos frescos são a base da culinária local. A gastronomia vai do simples peixe grelhado até pratos sofisticados feitos com ingredientes regionais. A moqueca parnaibana, a torta de caranguejo e o caldo de sururu (espécie de marisco) são alguns exemplos de pratos típicos. Não deixe de experimentar as frutas nordestinas, como cajá, tamarindo, caju, e a cajuína, espécie de refrigerante que eu acho que só tem no Piauí.

Caldo de Sururu


Compras: em Parnaíba você pode visitar a Casa das Rendeiras dos Morros da Mariana, que fazem lindos trabalhos em renda de bilro. Não é um passeio oferecido pelas agências, mas vale a pena conhecer um pouco dessa tradição passada entre gerações. Fica em Ilha Grande, no caminho para o porto dos Tatus, de onde sai o passeio para o Delta.

Planejei um roteiro de uma semana só no Piauí, que você pode ajustar para incluir Jericoacoara e/ou os Lençóis Maranhenses. Pode confiar, você vai se surpreender.


Dia 1 Sábado 
Pegue o voo da Azul para Parnaíba. Ele sai do aeroporto de Viracopos-SP no sábado às 11h10 e chega em Parnaíba às 14h35. Táxi do aeroporto para o hotel: 30 reais. Reservamos com um taxista indicado pelo hotel.
Parnaíba é a segunda maior cidade do Piauí, mas o centro tem cara de cidade pequena. Lá você encontra bancos, mercados e agências de turismo. Ela serve de base para o passeio do Delta. Tem boas opções de hospedagem e restaurantes. Mas não espere encontrar uma mega estrutura turística.


Aproveite o fim do dia para ver o pôr do sol na praia da Pedra do Sal. À noite o ponto de encontro é no Porto das Barcas, região com bares à beira rio.


Dia 2 Domingo
Passeio para conhecer o Delta do rio Parnaíba, que fica na divisa entre os estados de Piauí e Maranhão. Nós fins de semana há barcos grandes que saem pela manhã para um tour com almoço e música. O preço é melhor, mas o barco é lotado e barulhento. O melhor é fazer o passeio nas lanchas chamadas voadeiras.  Você pode alugar uma para um tour de dia inteiro ou escolher entre o passeio da manhã com parada para almoço e o da Revoada dos Guarás que sai à tarde. Escolhemos fazer apenas o passeio da tarde, que acredito ser o melhor. Reservamos no hotel com a agência Clip (http://clipecoturismo.tur.br/) e foi ótimo.



Vou colocar aqui o itinerário dos dois.

Opção 1: Tour de dia inteiro pelo Delta do Parnaíba
O passeio começa no Porto dos Tatus, que fica na cidade de Ilha Grande há 20 min. de Parnaíba.  Lá você embarca em uma lancha rápida e segue por estradas fluviais que passam entre as mais de 80 ilhas que compõem o Delta do Parnaíba. Até o encontro do rio com o mar é 1h de passeio em meio a uma paisagem pitoresca, onde você observa pássaros, caranguejos e uma rica vegetação.


Que tal comer ostras frescas colhidas na hora? Ė possível. Descobrimos que há criação de ostras no Delta. Depois você pode almoçar na ilha das Canárias. Os restaurantes mais indicados são o da pousada Casa de Caboclo (http://www.casadecaboclo.com/o-restaurante.html), que é a melhor opção de hospedagem para quem quiser dormir no Delta, e o Osvaldo. Após descansar do almoço, siga de barco para o outro lado da ilha das Canárias, que é formado por dunas e lagoas. Do alto das dunas você avista o mar. Lindo demais!




O grand finale é a revoada dos guarás ao pôr do sol, quando centenas de pássaros vermelhos voam para uma pequena ilha que escolheram como dormitório.  Um espetáculo!




Opção 2: Visita ao centro histórico pela manhã e passeio de barco à tarde
Faça apenas a Revoada dos Guarás com parada na ilha das Canárias para banho. Ele sai às 14h do hotel. Pela manhã você pode dar uma volta pelo centro histórico da cidade. Não está muito preservado, mas para quem gosta vale a pena. Em uma hora você conhece.


A Catedral de Nossa Senhora da Graça e a pequenina igreja de Montserrat, a mais antiga da cidade (1711).




Jantar: sugiro o Caranguejo Expresso para provar a torta de caranguejo, prato típico da região. Para algo mais sofisticado vá ao Mangata, considerado o melhor da cidade, ou faça reserva no restaurante do Hotel Casa de Santo Antônio. A moqueca parnaíbana é dos deuses.


Dia 3 Segunda
Pegue o carro cedo na locadora e faça o roteiro pelas praias ou um tour ao Parque Nacional das Sete Cidades (2hs), que guarda pinturas rupestres dos primeiros habitantes da região.
Se não alugar o carro, reserve o passeio com um taxista ou agência. Para visitar as praias de Atalaia e Coqueiro, em Luis Corrêa, você pode ir de ônibus.

A praia de Atalaia é boa para banho. Ela conta com estrutura de bares e um calçadão. Pena que estava tudo com aparência de mal cuidado. É a mais popular. Nas férias de julho os teresinenses lotam o local. Fora da temporada fica quase deserta e o Restaurante Carlitos é um dos únicos que abre o ano todo.


A vila de Coqueiro é um pequeno balneário a 30min de Parnaíba. Praia bonita e boa para banho. Os restaurantes são pé na areia e mais simpáticos que os de Atalaia.


Dia 4 Terça 
Siga para Barra Grande há 70km de Parnaíba. A estrada está ótima, só tenha atenção com os animais na pista. Dá pra pegar o caminho pelo litoral e ir parando nas praias. Atalaia, Coqueiro, Itaqui e Macapá são as mais conhecidas. Se for de transfer privado você pode negociar fazer o passeio das praias terminando no seu hotel em Barra Grande.


Lagoa do Portinho, no caminho para Barra Grande.
Essa vila praiana com ruas de areia tem praia de mar calmo com água quente, e excelentes opções de hospedagem e gastronomia. Ela ganhou fama internacional como destino para a prática de windsurfe. Com os turistas, veio também uma leva de pousadas charmosas e ótimos restaurantes. Você se surpreenderá com esse lugar ainda pouco conhecido pelos brasileiros. Essa será sua estadia até o fim da viagem. Aproveite o resto do dia na praia e não perca o pôr do sol. Inesquecível!




Dia 5  a 7 Quarta, Quinta, Sexta
Aproveite a praia e a vila. Há vários bares pé na areia. O mais famoso é o BGK, point do pessoal do kite. Outra opção é passar o dia no Bob Z, resort de praia onde você paga uma consumação mínima e pode usar a estrutura do hotel. Fica há 2km de Barra Grande no lugarejo chamado Barrinha. Se quiser fazer um passeio tem a observação de cavalos marinhos que você pode contratar na própria pousada. Você também pode fazer um curso de kitesurfe. As aulas são cobrada por hora.




Dia 8 Sábado
Volta para casa. O voo de volta sai 15h05 de Parnaíba e passa por Teresina (chega 15h45). Caso você esteja de carro alugado, provavelmente terá que devolvê-lo até meio-dia no centro de Parnaíba. Aproveite para almoçar e depois pegue um táxi até o aeroporto.

Obs: Para quem alugar carro, outra opção de roteiro é dividir a estadia em Parnaíba para passar a última noite lá. O tour pelas praias e/ou no Parque Nacional de Sete Cidades poderia ser feito na ida ou volta de Barra Grande. Ficaria assim:
Dia 1: Chegada em Parnaíba.
Dia 2: Passeio pelo Delta.
Dia 3: Retira o carro na locadora e vai para Barra Grande.
Dia 4 a 6: Barra Grande.
Dia 7: Retorna para Parnaíba e entrega o carro.
Dia 8: Volta para casa.

Custo dos passeios (os preços são de maio/2019):

Delta do Parnaíba

Tradicional
Sai às 9h30 e retorna às 14h30. Há parada para almoço e banho mas não inclui a revoada dos guarás.
Coletivo: R$70,00 por pessoa com almoço
Privativo: R$350,00 pelo barco para até 5 pessoas. Almoço não incluído. 

Revoada dos Guarás
Só tem Privativo. Passa pelo Delta com parada para banho na Ilha das Canárias. Preço: Pagamos R$170,00 por pessoa na agência Clip por indicação da pousada. O aluguel do barco para até 5 pessoas: R$450,00.

Alternativa: alugar uma lancha privativa para passar o dia e conjugar os dois passeios. Preço: R$800,00 na Clip. Um morador da cidade nos disse que indo ao porto você consegue negociar por menos.

Tour pelas praias
Visita as praias do Atalaia, Coqueiros, Itaqui e Macapá. Preço: R$350,00. Incluindo Barra Grande o passeio custa R$400,00.

Dica de transfer: como não conseguimos combinar nosso itinerário com os dias de transfer coletivo da Rota Combo, tivemos que fazer todos os deslocamentos de forma privada. Por indicação do hotel conhecemos o Júnior, que é taxista e tem uma pequena agência de turismo. Os carros são novos e bem equipados. Ele nos levou de Parnaíba para Barra Grande e depois para Jericoacoara de 4x4. Passamos por dunas, atravessamos rios em balças e paramos para almoço na Lagoa Grande, próximo à Tatajuba. A viagem foi ótima e já valeu como um passeio. Ele é super tranquilo, prestativo e pontual. Segue o contato: 86 9484-5233.

Nossa hospedagem

Hotel Casa de SantoAntônio: é o tipo de hotel que dá vontade de voltar. Instalado em um lindo casarão antigo cuidadosamente reformado e modernizado para receber o hóspede com todo o conforto. Decoração agradável,  roupa de cama e banho de qualidade, cama confortável, chuveiro bom, ar condicionado funcionando bem, tudo perfeito. A piscina em meio ao jardim é um oásis. Mas o que faz a hospedagem inesquecível são os funcionários. Simpáticos e atenciosos, nos deram várias dicas da cidade e providenciaram passeios e transfer. Mimos como um doce de boa noite, chá da tarde e até um lindo bolo de aniversário com direito a parabéns, também fizeram toda diferença.  Para completar, a chef de cozinha do restaurante é maravilhosa. Desde o café da manhã até o jantar, tudo delicioso. Localização central. Ótimo custo- benefício. A internet funcionou bem. Recomendo fortemente.



Barra Grande

La Cozinha: é um lindo hotel-boutique próximo à rua dos restaurantes e há 5min da praia. Os quartos ficam em cabanas individuais espalhadas pelo jardim. São confortáveis e bem decorados. O ar condicionado não estava funcionando bem no quarto em que ficamos e eles nos mudaram imediatamente. Tem uma piscina grande. Café da manhã bom e funcionários prestativos. A internet é o ponto fraco, muito inconstante. Pegava melhor no restaurante. Mas parece que esse é um problema em toda Barra Grande. O restaurante é um dos melhores da vila. Ótima opção para ficar em Barra Grande.


Restaurantes testados e aprovados

Parnaíba

Caranguejo Expresso - serve uma torta de caranguejo muito gostosa. Mas é um lugar simples. Divide um espaço aberto na Beira Rio com outros pequenos restaurantes. Dizem que quando está cheio o serviço é demorado, por isso convém ligar para encomendar.


Barra Grande

La Cozinha - considerado um dos melhores da vila. Comida com um toque de sofisticação usando ingredientes locais e de sua horta orgânica. No jantar pedimos o ceviche de entrada e como prato principal o pargo e o fettuccine com frutos do mar (dá para dividir). No almoço eles têm um menu de 3 pratos com ótimo preço.




– esse é outro restaurante muito recomendado. Vale a pena provar. Ele fica dentro da pousada Titas, escondido em uma rua paralela à principal. O espaço é lindo e a comida saborosa. O atendimento foi muito simpático. Inclusive para tirar nossas dúvidas sobre os pratos feitos com ingredientes regionais que não conhecíamos. Dividimos duas entradas e um prato principal. Tudo ótimo e bem servido.



BGK – para curtir a praia, o bar do hotel BGK é o mais estruturado. Você pode escolher ficar em espreguiçadeiras na areia ou em mesas de madeira na parte coberta. A comida é boa e o atendimento simpático. Eles possuem até uma escola de kitesurfe ao lado do restaurante para quem quiser se aventurar no esporte.


Pirata – outro bar de praia que recomendamos. Ele é novo e ainda não estava totalmente montado. Faltavam colchonetes para as espreguiçadeiras e os chuveiros de água doce estavam em construção. Mas tem uma decoração bacana, cardápio com boas opções e funcionários simpáticos e prestativos. Acredito que será um dos melhores da vila.



Sr. Kalango Foodpark - bem no centrinho da vila tem um espaço super bacana atrás da sorveteria Ora Bolas! com mesas e alguns food trucks. É uma opção mais informal para o jantar. Eles servem lanches como pizza e hambúrguer. Na alta temporada lota.