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sábado, 10 de setembro de 2016

Águas Calientes (ou Pueblo Machu Picchu)


Início do caminho. Pueblo de Machu Picchu.

Quando chegamos em Águas Calientes, um funcionário do hotel estava nos esperando. Vimos que vários hotéis fazem isso. A cidade é pequenininha, por isso vale a pena fazer um desvio para comprar sua passagem do ônibus que leva às ruínas de Machu Picchu antes de seguir para o hotel. A bilheteria fica na rua que margeia o rio, a poucos minutos da estação ferroviária. Bilhete: US$24 ida e volta.

A estação de trem de Águas Calientes é pequena.

Dica: a Peru Rail oferece um serviço de guarda de bagagem gratuito. Mas só funciona no horário de 7h às 19h. Ou seja, seria mais pra quem vem de Ollantaytambo pela manhã e vai seguir direto para outro destino no fim do dia. 

Já na saída da estação o visual impressiona devido às montanhas.




A cidade é pequena e fica situada entre paredões de pedra.





Águas Calientes, rebatizada de Pueblo Machu Picchu, cresceu direcionada a atender os turistas que vão conhecer a cidade sagrada. Infelizmente seu desenvolvimento não foi bem planejado. Embora fique em um vale belíssimo, a maioria das construções são de gosto duvidoso. Tem uma Plaza de Armas e uma feirinha de artesanato na saída da estação ferroviária. 


Na Av. Pachacuteq, onde ficam vários restaurantes, a Pizzaria Incontri del pueblo Viejo e o Bar-Restaurante do hotel El Mapi se destacam. Jantamos uma pizza super gostosa em um e terminamos a noite com um drink no outro.  Aprovadíssimos! Outra opção na mesma rua, essa famosa, é o restaurante Índio Feliz

O restaurante Índio Feliz fica à esquerda.
Pizzaria.
Dica: aproveite pra comprar um lanche nas lojinhas da cidade para levar no dia seguinte. A única lanchonete na entrada de Machu Picchu é caríssima.

Hospedagem

O hotel Tierra Vista Machu Picchu segue o padrão de qualidade do de Cusco, com quartos maiores e decoração mais moderno. Fica distante 5min. do centrinho do povoado. O ótimo café da manhã começa a ser servido ás 4:30h, para que você possa estar cedinho na fila do ônibus para ser um dos primeiros a chegar na cidade sagrada. Os funcionários foram prestativos e simpáticos. E eles levam sua mala para a estação ferroviária na hora da sua viagem se você quiser.


Vale Sagrado - Ollantaytambo


Ollantaytambo

Essa cidade é uma graça. Fica no meio de duas montanhas com ruínas em ambos os lados. Na maior parte da cidade não passa carro. Algumas ruas faziam parte da cidade inca e  preservam suas construções.

Praça de Armas da cidade.
Nosso hotel, um pequeno hostel chamado Kamma Guest House, ficava de frente para as ruínas secundárias, xxxx. Quarto pequeno, mas confortável. Banheiro bom, internet wifi com ótimo sinal e uma sacadinha com vista para as ruínas. Café da manhã simples, mas suficiente, servido em um charmoso terraço envidraçado de onde avistávamos todas as ruínas. Atendimento nota 10.



Vista do quarto.

No primeiro dia só tivemos tempo de dar uma volta pela cidade, que é super autêntica, com suas ruas de pedra e um clima mais tranquilo. 




Tem todo tipo de comida lá. Até vegetariana.
Nos informaram que essa seria a casa Inca mais bem conservada do vilarejo.
Por dentro você pode, além de comprar lembranças, sentir-se como se estivesse naquela época.
Olha como a entrada da casa é pequena.

Seguindo a dica do pessoal do hotel, fomos no La Esquina, que fica na Plaza de Armas da cidade. Atendimento super simpático e ambiente bem informal. Eles servem refeições e sanduíches. Bom para um café ou uma cerveja com vista da Plaza de Armas.

Nome sugestivo. 
Pode aparentar ser muito simples, mas o atendimento e o sanduíches são show!

Jantar: foi no restaurante Albergue, que fica na estação ferroviária. Ele é o número 1 no Trip Advisor. Fomos cheios de expectativa. O ambiente é aconchegante e com decoração caprichada.  O atendimento foi cordial. Pedimos uma salada e duas massas. A salada estava fresquinha. Já as massas foram uma decepção. Sabe quando o macarrão fica grudado? Pois é, os dois pratos vieram assim. Talvez a gente não tenha dado sorte, mas não posso deixar de relatar nossa experiência.


Na manhã do dia seguinte aproveitamos para visitar as ruínas de Ollantaytambo. Primeiro fomos no sítio arqueológico principal, com terraços de agricultura, casas, pedras enormes e bem polidas no alto da montanha que formavam o templo do sol e uma parte plana com fontes de água. O que impressiona é a localização das ruínas, encarapitadas na face da montanha. Do ponto mais alto você vê uma cadeia de montanhas com picos nevados. A frente você pode admirar as ruínas da montanha do lado oposto da cidade. Acesso incluído no boleto turístico.


A entrada do sítio arqueológico.

Há três tipos de rotas a serem seguidas.






Foto tirada enquanto subia as ruínas. Ao fundo, na encosta da montanha à esquerda, os silos que eram usados para estocagem.
Pinkuylluna. Pra chegar até aí tem que ter fôlego e coragem.
O outro sítio arqueológico chama-se Pinkuylluna. A subida é ainda mais íngreme que a do outro. Nessa parte ficavam os silos para estocar grãos. Também há alguns terraços. Mais uma vez é difícil acreditar como os incas construíram tudo isso. Só conseguimos  visitar metade dos prédios. A vista para a outra parte das ruínas é privilegiada desse ponto. A entrada é gratuita.

Atenção para o horário.
Entrada.
Após almoçar no simpático restaurante Gusteaus (Av. Ventiderio, 116), pegamos nossa mala no hotel e seguimos para a estação ferroviária com destino a Águas Calientes ou Pueblo Macho Picchu, como agora é chamado o povoado que serve de base para a cidade inca.

 Dica: o principal meio de transporte dentro da cidadezinha é o tuk tuk. Na Plaza de Armas eles cobram 5 soles pp até a estação, mas se você pegar um dos que ficam perto da ponte que leva às ruínas principais, ao lado da praça, o preço cai para 1,50 soles. Muita gente faz o percurso a pé. Leva uns 15 min.

O caminho para a estação é margeado de lojas de lembranças. Se esquecer de algum presente, aproveita a oportunidade.


O trem saiu no horário. Compramos nossos bilhetes na Peru Rail. Na ida pegamos o Vistadome. A viagem leva 1h40. As poltronas são confortáveis e eles servem um lanche (uma fruta e um pãozinho) com bebida incluso no preço. Sua mala pode ir atrás da cadeira ou no compartimento de bagagem. Esse assunto muito nos preocupou, pois li em vários sites (conhecidos) que o limite de 5kg de bagagem pp mais uma peça de mão era seguido a risca pela empresa. Talvez com uma mochila seja fácil seguir essa regra, pois ela é leve. Mas nós só tínhamos malas pequenas e não conseguimos de jeito nenhum levar só 5kg em cada. Acabamos deixando uma no hotel de Ollantaytambo e levando para Águas Calientes a outra com o básico para uma noite. Só que quando entramos no trem vimos um monte de gente com malas até maiores e percebemos que ninguém pesava nada. Ou seja, esse limite não é tão rígido. Agora se você não quiser correr nenhum risco, ainda há a possibilidade de entrar em contato com eles por email no prazo de até 48hs antes da viagem para solicitar o embarque de uma bagagem maior e mais pesada. Eles liberarão se houver disponibilidade. Veja os detalhes no site da empresa. A Inca Rail deve seguir a mesma regra. Verifique no site.


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Saqsaywaman, Chinchero, Salineras de Maras e Moray

É hora de pegar a estrada!

Nossa viagem para Ollantaytambo teve várias paradas pelo caminho. Optamos por contratar um taxista indicado pelo hotel. Ele cobrou 200 soles pelo trajeto todo.

Dica: contratar o tour através de uma empresa pela internet é mais seguro, embora um pouco mais caro. Usamos os serviços da Táxi Datum para outro passeio e gostamos.

Saqsaywaman



São as ruinas de uma antiga cidade inca próxima a Cusco (15min.). Alguns dizem que se tratava de uma fortaleza para proteger a capital inca, pois ela era cercada por uma espessa muralha erguida com pedras enormes, algumas pesando toneladas. Foi uma das construções mais incríveis que visitamos pela sua grandiosidade. Difícil explicar como aquelas pedras foram levadas para lá. 



Dica: Nesse lugar acontece o Inti Raymi ou Festa do Sol no dia 24/06. Pela módica quantia de 140 dólares você pode assistir ao espetáculo todo em quéchua, língua nativa dos incas. 

Contratamos uma guia por 30 soles. Ela nos explicou sobre a técnica usada na construção da muralha, como era a vida na época do Império Inca e falou sobre as batalhas que aconteceram no lugar. Dá pra fazer sem guia, mas nesse caso procure estudar sobre a cidade. A muralha de pedra e um mirante com vista de Cusco são as atrações imperdíveis.

Dica: encaixamos essa parada na ida para Ollanta porque não tínhamos tempo, mas o melhor é contratar um city tour em Cusco, que inclui essa e outras ruínas próximas.

Entrada do sítio.

Como é possível perceber, são muralhas bem altas.
Pode-se apreciar a cidade de Cuzco do mirante.

Chinchero

Uma pequenina cidade que abriga uma igrejinha singela decorada com pinturas em arte naif, ruas com calçamento de pedras e uma vista de tirar o fôlego a partir dos terraços agrícolas atrás da igreja.






Essa cidade também é famosa pelo trabalho de tecelagem. Visitamos uma das diversas oficinas pelo caminho, onde tivemos explicação sobre todas as etapas do trabalho. A acolhida foi melhor do que em Awanakancha, no caminho para Písac.





Salineras de Maras

O trajeto até as Salineiras de Maras é meio chatinho, passando por uma estrada de terra. No entanto o visual é muito bonito. As salineras estão em funcionamento desde antes dos incas. São formadas por centenas de pequenas piscinas. A extração do sal é feita de forma manual após a evaporação da água. As piscinas são exploradas por famílias do povoado, cada qual recebe algumas piscinas para trabalhar nelas. Elas vendem o sal lá mesmo em barraquinhas espalhadas pelo caminho que leva às salineiras. O preço é bom. Entrada paga e não inclusa no boleto turístico de Cusco.

Dica: compramos um sal com tempero peruano ótimo.





Pode-se comprar temperos exclusivos da região além, claro, dos diversos tipos de sal.

Moray

Das salineiras para Moray são uns 20 min. Esse sítio arqueológico é daquelas construções que desafiam nossa imaginação. São os conhecidos terraços agrícolas incas feitos de forma circular com vários níveis. A melhor teoria é a de que eles serviam como laboratório para desenvolvimento de técnicas agrícolas, pois a construção simula em cada nível um microclima distinto, de forma que a variação de temperatura entre o degrau mais baixo e o mais alto é de 15 graus.



Nosso destino final foi Ollantaytambo. Nosso motorista pegou um caminho que eu tenho quase certeza que era um atalho. Passamos por uma estradinha estreita beirando um precipício e no no final ainda atravessamos uma ponte de madeira nada confiável. Em compensação a paisagem era espetacular.

O visual é lindo. Os campos de trigo e a neve dão um toque especial.



Dá para acreditar que esses cilindros são quartos de um exótico hotel?